Carros e Motos
Honda não se esqueceu dos motoboys e oferece uma série de treinamentos

Motociclista, motoqueiro ou motoboy? Quem já viveu e respirou motocicletas nas últimas 5 décadas, certamente já ouviu todas essas referências, ou até outras mais, sobre aqueles que pilotam motocicletas.
Acho que antes disso, havia apenas os motociclistas . Meu avô, nos anos 30,era um deles. Meu pai, nos anos 50, também. Mas foi da boca dele que ouvi, pela primeira vez, o termo “motoqueiro”.
A gíria “motoca” se tornou muito popular no fim dos anos 60, usadas por personagens da televisão em novelas como “Beto Rockfeller” e “Assim na Terra como no Céu”. E foi daí que que surgiu o “motoqueiro”, que seria, no meu entender, o motociclista que ousava um pouco mais, para o bem ou para o mal.
Na minha pouca experiência, naquela época, eu cheguei a dizer que eu não era motociclista, mas sim motoqueiro , porque pilotava de uma forma mais arriscada. Vivendo e aprendendo, é claro que corrigi essas distorções no decorrer da minha carreira “motociclística”.
Estive, nesta semana, no CETH – Centro Educacional de Trânsito Honda –, em Indaiatuba (SP) para participar da cerimônia de início do treinamento de motociclistas selecionados pelo programa Motofretista Seguro, uma iniciativa do Governo do Estado em parceria com a Honda , e acabei relembrando da saga que essa categoria viveu desde o início, há mais de 40 anos. Como eu sei? Acompanhei de perto as várias fases dessa história.
Antes dos motoboys , as motocicletas eram, em sua quase totalidade dos casos, meros instrumentos de prazer e diversão, uma vez que poucas pessoas as utilizavam para o transporte individual.

Até que alguém percebeu que a motocicleta era um meio muito fácil, rápido e barato, de locomoção profissional. No início, os motociclistas – ou motoqueiros? – que começaram a ganhar a vida com pequenas entregas em grandes centros urbanos , foram chamados de motoboys, uma referência a uma categoria que, creio eu, deve ter acabado por completo: os office-boys. Alguns amigos meus começaram a trabalhar nessa profissão.
Infelizmente, os primeiros anos da popularização desse serviço não foram bons para a imagem da categoria , que não era regulamentada e permitiu o ingresso de todos os tipos de pessoas, em especial aquelas que nunca prezaram pelos bons modos no trânsito.
Estes subiam em calçadas, assustavam os pedestres , circulavam na contra mão, agrediam os motoristas e, volta e meia, se reuniam em grandes grupos para praticar violência.
Felizmente, essa fase passou e, mesmo com essa face tão negativa da época, essa truculência ajudou a conscientizar os motoristas que, de um modo geral, insistiam em não respeitar as motocicletas e os motociclistas.
Não querer se “envolver” com esses problemas nas ruas fez com que esses motoristas passassem a prestar mais atenção ao mudar de faixa, fazer uma conversão ou, até, ao abrir a porta do carro com o trânsito parado.

Nunca esqueci do dia em que acordei para a realidade das ruas, quando os motoboys passaram a ser maioria nas ruas de São Paulo. Acostumado a circular sozinho, um dia desses estava esperando o semáforo abrir na Avenida Paulista, quando parou uma motocicleta ao meu lado, e outra, mais outra e, enfim, dezenas delas.
Parecia a largada de uma prova em Interlagos. Com a luz verde, eles partiram como se fossem tirar o pai da forca, com grande barulho de motores , fumaça de escapamento e disputas para ver que chegaria em primeiro lugar no semáforo seguinte. É, eles ainda melhorariam muito.
O programa Motofretista Seguro existe para isso, para melhorar ainda mais a segurança dessa categoria, que, comparando com aqueles velhos tempos, já melhorou espetacularmente, não só na segurança como também nas condições de trabalho.
De motoboys, que praticamente só levavam e traziam documentos, passaram a entregar objetos de todos os tipos, em especial itens de alimentação. De entregadores de pizza nos fins de semana, hoje transportam o almoço de grande parcela da população, além de compras efetuadas pelos meios eletrônicos.
A pandemia que vivemos nos últimos dois anos foi decisiva para a consolidação dos motofretistas , que mostraram a todos que eles foram fundamentais para que boa parte da vida diária das pessoas pudesse continuar sem maiores atribulações.
Foi no evento desta semana, que iniciou o programa de treinamento de 400 motofretistas, que aprendi mais um termo de referência a esses profissionais, que eu ainda não havia escutado: motocas. Então, minhas homenagens aos motocas, sem os quais muitos de nós, inclusive os motociclistas , não poderíamos viver com tanta comodidade.

Carros e Motos
VW Kombi alemã com esteira de tanque de guerra é ressuscitada

Que a Kombi é um veículo versátil isso ninguém dúvida, mas para na visão do mecânico austríaco da VW Lutz Kretzner, isso poderia ir além e foi assim que ele converteu o ‘ Microbus Type 2′ em um veículo com esteiras de quatro eixos, com capacidade off-road.
Apelidado de ‘Half-track Fox’ , ou traduzindo como “raposa de meia pista”, devido a lentidão do veículo comparado ao animal raposa, ele fez dois exemplares em 1968, mas apenas um deles sobreviveu e foi recentemente restaurado pela Volkswagen Classic Vehicles.
O Tipo 2 (Transported, Kombi, or Microbus, dependendo do mercado) de Kretzner possuia muitas habilidades, mas para ele teria de ser um veículo com capacidades off-road que pudessem levá-lo para qualquer tipo de chão, seja terra, areia e, principalmente, neve.
Considerado um ávido esquiador, Lutz Kretzner queria um veículo capaz de escalar os Alpes em todas as condições climáticas. Ele não conseguiu encontrar nenhum, então decidiu fazer um para uso próprio.
Dessa maneira, o mecânico da Volkswagen passou quatro anos projetando e construindo esta Kombi alpinista com uma ‘Bulli’ de 1962 (este é o nome carinhoso que os alemães deram à Kombi ) e colocou mais dois eixos nele.
Os dois eixos dianteiros são dirigidos, com duas rodas duplas de 14 polegadas em cada um deles. Na parte de trás, os dois eixos foram equipados com rodas de 13 polegadas que acionam trilhos de tanque de seu próprio projeto.
Todas as rodas foram equipadas com freios e um diferencial de deslizamento limitado que garantiu uma propulsão para frente distribuída uniformemente, independentemente do terreno.
Na motorização , a unidade era a padrão boxer, de quatro cilindros, refrigerada a ar, de 1.2 litro , com apenas 34 cv. Com uma velocidade máxima de 35 km/h , era um pouco mais lento que uma raposa, então Kretzner o chamou de ‘raposa de meia pista’.

Um dos dois exemplares foi comprado pelo Museu da Porsche em Gmünd no início dos anos 90. Mais tarde, foi adquirido pela Bullikartei e.V. , uma sociedade de fãs de Bulli de primeira geração. Eles tentaram restaurá-lo em 2005, mas ao projeto não foi para a frente.
A saída veio da Volkswagen Classic Vehicles (VWCV) , empresa especializada em restauração de veículos clássicos da marca alemã, que entrou em cena para começar o projeto que daria início em 2018.
Com um trabalho bastante extenso e minucioso, o ‘Half-track Fox’ foi trazido para uma condição melhor do que quando era novo. Em vez de uma simples repintura, a empresa removeu toda a tinta velha e aplicou um revestimento de imersão catódico.
O processo, cuja técnica usada para controlar a corrosão da superfície metálica serviu de proteção para só depois recever a pintura laranja fosca do projeto original e com isso manter a proteção contra ferrugem, mas sem deixar de lado a fidelidade da obra de Lutz Kretzner.
Por fim, a mecânica também foi trazida de volta à condição de nova, e o interior recebeu uma novo revestimento. O trabalho foi concluído em fevereiro de 2022, e o ‘Half-track Fox’ hoje está pronto para novos desafios e explorar terrenos.
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