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Produção de grãos do Brasil vai crescer 27% na próxima década, diz Mapa

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    O estudo leva em consideração para os cálculos a produção de grãos de 236,7 milhões de toneladas, segundo levantamento de maio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
 
      De acordo com José Garcia Gasques, coordenador-geral de Avaliação de Políticas e Informação do ministério e um dos pesquisadores das projeções, o aumento virá, principalmente, do cultivo de soja e de milho nos estados de Mato Grosso (+129,5 mil toneladas) e Paraná (+ 64 mil toneladas).
 
       Segundo o estudo, a produtividade da agricultura deve crescer no período a uma taxa anual de 2,98%. Os investimentos em pesquisa e o aumento das exportações do agronegócio são os principais fatores que devem levar a isso, de acordo com Gasques, assim como o crédito rural e o os preços agrícolas.
 
     Os produtos com maior crescimento, de acordo com o estudo, deverão ser carne suína, soja em grão, algodão em pluma, celulose, milho, carne de frango, leite e açúcar. Entre as frutas, os destaques são para a manga, uva e maçã.
 
      As carnes (bovina, suína e de frango) devem passar do volume atual de 26 milhões de toneladas para 33 milhões de toneladas, alta de 27%, assegura o Mapa. As carnes suínas e de frango são as que devem apresentar maior destaque nos próximos anos, com incremento de aproximadamente 28% cada uma, aponta o estudo.
 
      Regiões
 
      O estudo indica que a maior expansão de produção se dará no Centro-Oeste: de 107,4 milhões de toneladas para 143 milhões de toneladas, com projeção de ganhos de produção de 33%.

      Na região Sul, o aumento seria de 20% na produção de grãos, saindo de 78 milhões toneladas para 93,6 milhões toneladas. O Norte crescerá 30% no período estudado: de quase 10 milhões de toneladas para 12,7 milhões de toneladas.
 
      Entre os grandes estados produtores, a indicação é de que Mato Grosso continuará liderando a expansão da produção de milho e soja no país, com aumentos previstos de 35,4% e 43,1%, respectivamente.

      O interesse pelo grão ocorreria por causa da expansão da indústria do etanol de milho, principalmente no Centro-Oeste, e também como suprimento de ração animal por meio do DDG (Dried Destilers Grains), que é um subproduto rico em proteínas e fibras fornecido como alimento a bovinos, suínos e aves, exemplifica o coordenador.
 
      Ainda de acordo com as informações do Mapa, a soja, carro-chefe do setor, deve ter forte expansão em estados da região Norte (Tocantins, Rondônia e Pará). No Pará, a produção deve aumentar 51,3%; em Rondônia, 55,9%; e em Tocantins, 57,78%. Contribuiriam para isso a atração pela cultura e a abertura de novos modais de transporte nos próximos anos.

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