A presença de diversas autoridades mato-grossenses na manifestação realizada neste domingo (16) na orla de Copacabana, no Rio de Janeiro, reforçou o apoio à anistia dos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023.
O evento contou com a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro e reuniu apoiadores que defendem a revisão das penas aplicadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Entre os políticos do estado que marcaram presença estavam o governador Mauro Mendes (União Brasil), a primeira-dama Virginia Mendes, o senador Wellington Fagundes (PL), o deputado federal Xuxu Dal Molin (PL) e o prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini (PL). O secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, e o deputado estadual Coronel Assis (União Brasil) também participaram do ato.
Durante a manifestação, Bolsonaro afirmou que não deixará o Brasil e que continuará sendo um “problema para os opositores, preso ou morto”. Ele também declarou que os parlamentares já possuem votos suficientes para aprovar a proposta de anistia e reforçou sua intenção de disputar a presidência em 2026, afirmando que “eleição sem Bolsonaro é negar a democracia no Brasil”.
O governador Mauro Mendes, que recentemente concedeu entrevista à Rádio Band News FM, voltou a criticar a severidade das penas aplicadas aos condenados pelo STF. Ele questionou a diferença de tratamento entre os manifestantes de 8 de janeiro e aqueles que invadem propriedades privadas no Brasil. “Não invadiram o Supremo e o Congresso e não estão condenando a 17 anos de prisão? Por que invadir terra de alguém não se condena a 17 anos de prisão? O Supremo é melhor do que a casa, a fazenda, do que a pequena propriedade de um cidadão brasileiro?”, questionou Mendes.
O prefeito de Cuiabá, Abílio Brunini, também defendeu a anistia e afirmou que as condenações foram injustas, ressaltando que muitos dos réus não tiveram amplo direito de defesa. Já o senador Wellington Fagundes reforçou seu posicionamento favorável ao projeto, alinhando-se às pautas bolsonaristas e destacando que a manifestação foi uma demonstração de força da base conservadora.
O deputado federal Xuxu Dal Molin, por sua vez, afirmou que há uma perseguição política em curso e que a revisão das penas impostas pelo STF é necessária para garantir a isonomia do sistema de Justiça. Para ele, o endurecimento das penas contra manifestantes bolsonaristas contrasta com a impunidade em outros casos de depredação e violência política no Brasil.
A manifestação no Rio de Janeiro reafirmou o alinhamento de parte da bancada mato-grossense com Bolsonaro e suas pautas, evidenciando a mobilização do grupo em torno da proposta de anistia.