O médico ortopedista e ex-vereador de Cuiabá, Dr. Luiz Fernando Amorim, concedeu entrevista em que fez um balanço de sua trajetória política e profissional. Entre lembranças do mandato na Câmara Municipal, a experiência de suplência após a disputa de 2022 e os novos caminhos trilhados na medicina, Amorim destacou que sua prioridade continua sendo a saúde pública e o atendimento de qualidade à população.
Mandato em meio à pandemia
Eleito em 2020, no auge da pandemia da Covid-19, Amorim afirma que sua experiência como médico do sistema público foi decisiva para sua atuação política.
“Estava no pronto-socorro de Cuiabá, em Várzea Grande, no Hospital Metropolitano, vendo a falta do básico, pacientes morrendo por ausência de insumos. Levei essa indignação para dentro do mandato e busquei defender a saúde pública, que sempre foi meu propósito e continua sendo o maior gargalo da capital”, relatou.
Durante sua legislatura, destacou-se pela atuação em defesa de melhorias estruturais na saúde municipal e por iniciativas de reconhecimento a personalidades que contribuíram para Cuiabá.
Suplência por 92 votos
Na eleição seguinte, em 2022, Amorim obteve 2.785 votos, mas, devido ao quociente partidário, acabou ficando como primeiro suplente do União Brasil.
“Foi uma eleição muito difícil, o partido ficou inchado e tive concorrentes de peso. Faltaram apenas 92 votos, e mesmo assim tive votação superior a oito vereadores eleitos. Mas não me abati. Cumpri o mandato até o último dia e sigo torcendo para que a gestão faça o melhor pela saúde da cidade”, afirmou.
Ele também não descarta a possibilidade de voltar à vida pública: “Se for da vontade de Deus, posso retornar à política. Mas, se não, sigo feliz no meu sacerdócio, que é a medicina. O que quero é impactar positivamente a vida das pessoas, seja no consultório ou em qualquer espaço que eu ocupe”.
Com o fim do mandato, Amorim voltou-se integralmente à carreira médica. Além da ortopedia, vem se especializando em Medicina Integrativa e Longevidade Saudável, sob a orientação do professor Ítalo Rachid, uma das principais referências da área no Brasil.
“Descobri na integrativa um campo fascinante. Ela não se limita a tratar a dor, mas olha o paciente como um todo, com foco na prevenção, na modulação hormonal, no combate ao sedentarismo e no emagrecimento saudável. É uma medicina que devolve vitalidade”, explicou.
Os resultados, segundo ele, já transformaram sua rotina. “Há 15 anos, eu realizava em média 30 cirurgias por mês. Hoje, reduzi quase 80% desse número porque consigo resolver muitos casos com protocolos integrativos e intervencionistas. O paciente passa a ter qualidade de vida sem precisar de procedimentos invasivos”, completou.
Amorim reforça que a medicina integrativa tem um papel estratégico no processo de envelhecimento. “A partir dos 30 anos, começamos a perder massa muscular, massa óssea e a ter queda hormonal. Se não cuidarmos disso, o corpo vai acumulando doenças e a pessoa entra em um ciclo vicioso de remédios para ansiedade, depressão, insônia e diabetes. O que fazemos é atacar a raiz do problema, devolvendo energia e saúde para que a pessoa envelheça bem”, destacou.
Futuro e legado
Atendendo no Hospital Santa Helena e no Espaço Pilvita, em Cuiabá, Amorim também mantém forte presença nas redes sociais, onde compartilha informações sobre ortopedia integrativa e longevidade saudável.
“O que mais desejo é que meus pacientes possam viver sem dor e com qualidade. Envelhecer faz parte da vida, mas é possível envelhecer com saúde. Esse é o legado que quero deixar”, concluiu.
Assista a entrevista completa:
