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Ferrogrão, Infraestrutura e Eleições: Senadora Rosana Martinelli Detalha Desafios e Propostas para Mato Grosso

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Em entrevista exclusiva ao portal Momento MT, a senadora Rosana Martinelli (PL) falou sobre as principais pautas de sua atuação no Senado, abordando temas como infraestrutura, o andamento do projeto Ferrogrão, eleições municipais e projetos de combate ao feminicídio.

Durante a conversa, a senadora destacou as dificuldades enfrentadas na implementação do modal ferroviário e a necessidade de alinhamento entre os ministérios para impulsionar o desenvolvimento da logística no Mato Grosso.

Sobre a Ferrogrão, considerada um divisor de águas para o escoamento do agronegócio, Martinelli explicou os entraves enfrentados, citando as recentes audiências públicas que presidiu.

“Essa audiência foi proposta por nós para discutir as dificuldades do projeto, pois a ministra Simone Tebet mencionou que não havia previsão orçamentária e que, apesar de estar incluída no PAC, os recursos não estavam garantidos”, afirmou a senadora. Ela também destacou as declarações da ministra Marina Silva, que enfatizou as pendências relacionadas às licenças ambientais, dizendo: “O Brasil precisa optar entre meio ambiente ou infraestrutura.”

 

Para realizar a audiência pública, a Senadora buscou diálogo com as ministras Simone Tebet e Marina Silva, além do ministro Renan Filho, responsável pela pasta dos Transportes, que também esteve presente para discutir os próximos passos do projeto.

“O ministro Renan nos garantiu que os acordos entre os ministérios estão em andamento e que, se necessário, o presidente Lula será convocado para resolver os impasses. O objetivo é iniciar a licitação da Ferrogrão em 2025”, relatou Martinelli.

Ela ressaltou que o STF solicitou uma atualização do Ministério dos Transportes sobre o projeto, que foi entregue recentemente. Para Martinelli, a Ferrogrão é essencial não apenas para Mato Grosso, mas para o Brasil.

“Estamos escoando a produção por Miritituba e a rodovia está saturada. A trafegabilidade aumentou 40% nos últimos três anos, e quando a Ferrogrão estiver pronta, a rodovia estará ainda mais sobrecarregada. Por isso, temos nos empenhado para que o Ministério dos Transportes libere a duplicação de Sinop a Guarantã”, disse a senadora.

 

Segundo a parlamentar, o processo de duplicação da rodovia já está em fase avançada. “A duplicação foi aprovada pelo Ministério dos Transportes, agora está no TCU para readequação do contrato. A previsão é que, em seis meses, as adequações sejam publicadas, e a concessionária Via Brasil possa iniciar as obras no segundo semestre do ano que vem. O importante é que não haverá aumento de pedágio, mas sim melhorias significativas na rodovia”, explicou Martinelli.

 

Outro ponto destacado na entrevista foi a entrada em operação da biorefinaria de etanol de milho da Inpasa em Sinop, a maior produtora desse tipo de combustível no Brasil. Questionada sobre como o modal ferroviário pode contribuir para o escoamento da produção da Inpasa, a senadora afirmou que, no momento, não há parcerias específicas entre o setor de biocombustíveis e o projeto da Ferrogrão, mas enfatizou a importância da obra para toda a cadeia produtiva.

“A Ferrogrão tem muitos investidores, tanto estrangeiros, como chineses, árabes, espanhóis, quanto nacionais. Empresas brasileiras estão interessadas na construção”, revelou.

 

Ainda sobre a Inpasa, Martinelli destacou o impacto econômico positivo da empresa para a região. “O etanol de milho revolucionou a nossa economia. A Inpasa equalizou o preço do milho, que antes era vendido a valores muito baixos nos leilões da Conab. Agora, além de gerar emprego e energia, ela também produz óleo, etanol e DDG, usado para ração animal. Essas empresas transformam as cidades em que se instalam, e Sinop virou um verdadeiro canteiro de obras”, afirmou a senadora, orgulhosa de ter contribuído para a chegada da Inpasa durante sua gestão como prefeita.

 

Cenário Político Eleitoral

 

A senadora também abordou o cenário político em Mato Grosso, destacando o sucesso do PL nas últimas eleições municipais. “Estamos confiantes de que a população de Cuiabá, que busca mudanças, vai apoiar o Abílio, nosso candidato no segundo turno. O PL está se consolidando no estado, e esse fortalecimento será fundamental para as eleições de 2026, quando a direita pretende voltar ao poder no país”, declarou Martinelli.

 

Além disso, a parlamentar mencionou as articulações já em andamento para as próximas eleições, ressaltando a importância do planejamento e da união entre os partidos de direita.

“Ninguém atinge o poder sozinho, é preciso estar alinhado com grupos que compartilham os mesmos valores de desenvolvimento e trabalho. Estamos conversando com partidos que têm afinidades e o governador Mauro Mendes também está empenhado na campanha do Abílio. A direita é o melhor caminho para o Brasil, e é isso que precisamos esclarecer para a população”, pontuou.

 

Martinelli enfatizou o crescimento do Partido Liberal (PL) em Mato Grosso, sublinhando conquistas recentes em municípios estratégicos que fortaleceram a presença do partido no estado. Entre as cidades em que o PL se consolidou, destacam-se Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop. Esse avanço não apenas reforça a atuação do partido em locais de grande influência política e econômica, mas também aponta para uma base mais sólida e unida, visando as eleições de 2026.

 

A senadora também ressaltou a importância de parcerias entre partidos que compartilham valores e objetivos comuns, ressaltando as articulações que já estão em andamento para garantir uma frente de apoio à candidatura do PL na capital.

“Nossa força vem da união e da crença compartilhada no desenvolvimento e na segurança para o futuro do Brasil”, afirmou Martinelli, destacando o empenho de aliados, como o governador Mauro Mendes, na campanha de Abílio para o segundo turno em Cuiabá.

Ela acredita que o crescimento do PL em Mato Grosso é um reflexo da busca popular por mudanças que representem os ideais de direita, sinalizando um cenário favorável para a sigla na esfera estadual e nacional.

Com o apoio de figuras políticas influentes e articulações em andamento, a senadora reforçou que a direita tem potencial para liderar o país novamente e que a expansão do PL em Mato Grosso é um passo estratégico nessa direção.

 

Segurança Pública e Representatividade Feminina na Política

 

Na pauta de segurança e combate à violência contra a mulher, a senadora reforçou sua posição firme contra o feminicídio e estupradores, defendendo medidas mais rígidas.

“Não podemos mais aceitar o número alarmante de feminicídios no Brasil, especialmente em Mato Grosso, onde os índices são assustadores. Sou a favor da castração química de estupradores e de penas mais severas para quem comete esse tipo de crime”, afirmou Martinelli, destacando as dificuldades enfrentadas na aprovação de projetos voltados para a proteção das mulheres.

 

Entre os principais temas abordados, ela destacou a adesão voluntária a castração química, o incentivo a programas de apoio às mulheres vítimas de violência doméstica, o porte de arma para mulheres sob medida protetiva, além de discussões sobre a anistia de manifestantes envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

 

“A gente está apoiando, não é uma imposição, porque é uma adesão voluntária, mas é importante”, explicou a senadora.

Ela ressaltou projetos que buscam a gratuidade dos honorários de justiça para mulheres vítimas de violências, pois muitas vezes, por dependerem financeiramente de seus agressores, não têm recursos para dar continuidade a processos legais. “Nós colocamos também a questão da gratuidade, dos honorários da justiça para todas as mulheres que têm medida protetiva, que passaram por abusos, para que possam entrar na justiça gratuitamente.”

 

Martinelli também defendeu a proposta de permitir o porte de armas para mulheres em situação de risco.

“Propomos o porte de arma para aquelas mulheres que quiserem e estão na medida protetiva. É uma garantia a mais de proteção para que elas tenham esse argumento e essa defesa”, disse, ressaltando que tal medida seguiria critérios rígidos e não seria acessível de forma indiscriminada. “Claro que vai seguir o rito, as exigências… ela vai ter prioridade para realmente conseguir ter esse porte e se defender.”

 

Sobre a questão do porte de armas em geral, a senadora reforçou seu apoio à causa, afirmando que, desde que o cidadão cumpra as exigências legais, como avaliação psicológica e treinamento em clubes de tiro, é legítimo o direito de defesa. “O que não é normal é o governo tirar as armas dos cidadãos de bem que estão cadastrados na Polícia Federal e no Exército e não inibir o crime, os criminosos”, criticou.

Nesta semana a senadora protocolou também um projeto em prol do voto impresso, em que se imprimi um papel comprovante da votação e o coloca de volta na urna.

 

Anistia aos envolvidos no 8 de Janeiro

 

Outro tema abordado na entrevista foi a anistia para os manifestantes do 8 de janeiro, especialmente aqueles que não participaram de atos de vandalismo ou violência. “Nós colocamos esse projeto de lei para que sejam anistiadas as pessoas de 8 de janeiro, aquelas que não cometeram depredação ao patrimônio público”, esclareceu a senadora, lamentando as penas severas impostas a alguns dos envolvidos.

“Pegou 17 anos de cadeia aquela senhora que escreveu ‘Fora Mané’ com batom. Então, são penas muito fortes, restritivas realmente.”

Encerrando a entrevista, a senadora Rosana Martinelli comentou sobre as relações entre o estado de Mato Grosso e o governo federal, ressaltando a importância do agronegócio para o estado e para o país.

“Mato Grosso é um estado que deu certo. Se transformou em um grande produtor de grãos e tem uma importância muito grande no cenário nacional”, destacou, afirmando que, independentemente de quem esteja no poder, é crucial manter um bom relacionamento entre os governos municipal, estadual e federal.

Ela reiterou seu compromisso com o desenvolvimento de Mato Grosso e com a luta por melhores condições de infraestrutura e segurança para a população.

 

“Seguiremos trabalhando para destravar projetos essenciais, como a Ferrogrão, e para garantir que o estado continue crescendo de forma sustentável”, disse Rosana Martinelli.

“A necessidade do povo fala mais alto”, concluiu.

 

 

Assista a entrevista na íntegra:

 

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