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Mesmo “quebrado” empresário Marcelo Cestari pai da atiradora do Alphaville contrata o legista Fortunato Badan Palhares do caso PC Farias

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Contrariando o que disse a Justiça e a Polícia de que estaria quebrado para pagar fiança de 1 milhão de reais após a filha assassinar a tiros uma colega no banheiro de sua luxuosa casa no residencial Alphaville, em Cuiabá, o Empresário Marcelo Cestari, pai da atiradora contratou o renomado médico legista Fortunado Badan Palhares para atuar no caso da morte de Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, ocorrido em 12 de julho deste ano, no condomínio de luxo Alphaville, em Cuiabá.

Badan, ganhou fama nacional, ao trabalhar no caso do intrigante assassinato do Empresário e advogado, Paulo Cesar Farias(PC Farias), amigo pessoal do então Presidente da República, Fernando Collor de Mello.

Em documento particular produzido pelo profissional, é contestada a versão apresentada pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) da posição do corpo da vítima. Para ele, que atuou no caso PC Farias, não se levou em conta que o corpo da menor foi mexido para que a tentativa de ressuscitação cardiopulmonar fosse feita. Sendo assim, o disparo não teria ocorrido dentro do banheiro.

O perito relata que em nenhum momento a Politec leva em conta o que foi relatado, em depoimento, pelo empresário Marcelo Cestari, de que ele mexeu no corpo da vítima para tentar fazer a massagem cardíaca nela, com orientação, por telefone, da equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Marcelo teria visto o corpo de Isabele semilaterizado para a esquerda, com o rosto voltado para a porta do banheiro, tendo – aparentemente – amparado seu corpo na banheira. Ainda segundo o empresário, no momento em que ele chegou ao cômodo, não havia sangramento na adolescente.

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Logo depois, Marcelo foi aconselhado pelo médico do Samu iniciar massagem cardíaca na vítima e colocou a sua cabeça de uma forma como não estava após o disparo, no trilho da porta do box, arrastando-a para dentro dele. Quando segurou-a pelo pescoço, sentiu o que seria uma ‘bola’ em seu pescoço, pensando que seria um galo. O sangue somente teria começado a sair quando foi iniciada a massagem cardíaca.

Mas, depoimentos revelam que Marcelo não teria informado ao SAMU que a menina teria sido atingida por um tiro no rosto e sim que ela teria caído no banheiro e batido a cabeça.

Conforme o médico legista contratado pela família Cestari, o perito não fez qualquer referência de que o local não estava mais preservado como foi relatado acima, tendo feito apenas em outro momento, de forma breve. “Informação essa que não poderia faltar, pois aquele local fora manuseado, na tentativa de reanimação da vítima. Houve o deslocamento do corpo do local e a posição primária do mesmo”.

Ainda conforme o perito, a massagem cardíaca feita pelo empresário foi comentada até pela mãe da vítima, que esteve no local logo após o disparo. “Não há no referido documento, qualquer menção de ter levado em consideração os procedimentos ocorridos antes do mesmo [perito] lá chegar”, diz outro trecho.

Levando em consideração isto, o perito destaca que os indícios por ele vistos não refletem ser os existentes no momento da morte de Isabele. Fortunato ainda analisou as manchas de sangue e pontuou que as da entrada do banheiro foram produzidas no momento do disparo, tendo sido as primeiras a se formar.

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Além disto, o perito contratado pontua que as manchas de sangue na perna da vítima não foram produzidas quando o corpo caiu no chão, já que quando o corpo é virado, os vestígios não são encontrados nas regiões posteriores, mostrando que já estavam secas. “Esse é um outro elemento que materializa a convicção de que esta não é a posição do corpo, quando ele se projetou para trás”.

O documento ainda explica que existem manchas de sangue próximas da porta do banheiro, próximo a sua soleira e, conforme a opinião do profissional, ali teria iniciado o gotejamento sanguíneo após o disparo e não dentro do banheiro, como afirma a Politec.

Fortunato Badan Palhares ainda discorda de que as manchas encontradas no pé, joelho e piso do banheiro sob as pernas da adolescente foram produzidas ao mesmo tempo. “A maneira como houve a movimentação do corpo e que não foi preservada, não é possível fazer mais qualquer relação com alinhamento. Este tipo de afirmação é incabível com a dinâmica do evento”.

“Diante de todos elementos que levantamentos, quer como depoimentos, laudos, vídeos, etc, conforme o que foi ser objeto de descrição acima, entendo que o laudo pericial do local não revela efetivamente os acontecimentos que resultaram na morte de uma jovem e a forma real como o fato ocorreu”, finaliza o documento.

 

Otavio Ventureli(da redação com olhardireto.)

 

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