Momento Economia
‘Aponte onde tem dinheiro’, diz Bolsonaro sobre reajuste a servidores

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (23) que alguns servidores públicos federais estão ‘revoltados’ com ele porque não haverá reajuste salarial neste ano. “Me aponte onde tem dinheiro que eu dou”, declarou Bolsonaro em conversa com apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvorada.
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“Alguns estão revoltados comigo: ‘Ah, não vai dar reajuste este ano’. Pô, vê como que está a economia. Me aponte onde tem dinheiro que eu dou agora o reajuste. A solução é fazer greve, estão preparando. Não adianta botar a faca no meu pescoço. Não tem”.
“É o filho que o pai está desempregado pedindo uma bicicleta no Natal. Não tem, por mais que ele mereça”, comparou.
Bolsonaro ainda justificou a falta de reajuste a fatores externos, como a pandemia de Covid-19, a guerra na Ucrânia e a “ganância da Petrobras”.
Reajuste linear
Ainda no ano passado, Bolsonaro prometeu reajuste salarial apenas para policiais federais, policiais rodoviários federais e agentes penitenciários, que compõem sua base eleitoral.
Entretanto, a promessa gerou insatisfação de outras categorias do funcionalismo público, como as de servidores do Banco Central, do Tesouro Nacional e da CGU (Controladoria Geral da União), que iniciaram movimentos grevistas para pressionar o governo.
Em resposta, o Planalto passou a avaliar a possibilidade de conceder um reajuste linear de 5% a todas as categorias. A ideia, porém, custaria cerca de R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos. E o governo havia reservado apenas R$ 1,7 bilhão no Orçamento 2022 para isso.
Neste mês, no entanto, anunciou que esse dinheiro seria usado para abater do montante total que precisava ser contingenciado dos ministérios. Em maio, o Ministério da Economia havia anunciado que o bloqueio de recursos do Orçamento ficaria em R$ 8,2 bilhões. Com a decisão, ficou em R$ 6,9 bilhões.
Justificando falta de espaço no Orçamento, Bolsonaro descartou o reajuste linear de 5%. Em contrapartida, prometeu dobrar o vale-alimentação dos servidores públicos federais.
Agora, corre contra o tempo para que essa ideia saia do papel nos prazos determinados pela lei em ano de eleição.

Momento Economia
PIB deve crescer 1,8% este ano, prevê Ipea
O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deverá atingir crescimento de 1,8% este ano, chegando a 1,3% de crescimento em 2023. A estimativa é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que divulgou, nesta quinta-feira (30), a Visão Geral da Conjuntura, análise trimestral da economia brasileira.
Segundo o instituto, o destaque será para o setor de serviços, com estimativa de alta de 2,8%, enquanto os setores de agropecuária e industrial devem mostrar relativa estabilidade. Do lado da demanda, a projeção de crescimento do consumo das famílias ficou em 1,6% para este ano.
Depois da alta de 1% do PIB registrada no primeiro trimestre de 2022, a maioria dos setores produtivos apresentou desempenho positivo também em abril. As previsões do Ipea mostram que, em maio, o nível de atividade deve avançar na comparação com o mês anterior e com ajuste sazonal: 1,2% na indústria, 0,6% no comércio e 0,3% nos serviços.
A evolução dos indicadores de atividade está em linha com o desempenho do mercado de trabalho. Dados recentes mostram que o ritmo de recuperação se intensificou ao longo dos últimos três meses, combinando forte expansão da população ocupada e redução significativa da taxa de desocupação, mesmo com o aumento da taxa de participação.
Esse conjunto de indicadores sugere boas perspectivas para o PIB no segundo trimestre de 2022, com projeção de crescimento de 0,6% no período, em termos dessazonalizados, em relação ao trimestre anterior, e de 2,3% sobre o mesmo trimestre do ano passado.
Desaceleração
Ainda de acordo com o Ipea, para o segundo semestre deste ano há expectativa de desaceleração da atividade econômica, em função de fatores externos e internos. Os aspectos externos apontam para menor crescimento e maior incerteza, dada a elevação das taxas observadas e esperadas de inflação na maioria dos países, e a persistência da guerra entre Rússia e Ucrânia – que deve prolongar os atuais problemas nas cadeias produtivas.
Do ponto de vista dos fatores internos, a persistência de taxas de inflação elevadas, além de inibir o consumo por meio da redução da renda real das famílias, tem levado ao aperto da política monetária no país, cujos efeitos atingem o mercado de crédito e tendem a se intensificar nos próximos meses.
Crescimento em 2023
Para o próximo ano, a projeção de crescimento do PIB é de 1,3%. Em termos de atividade econômica, 2023 deve ser tímido, no início, mas caracterizado por aceleração ao longo do ano. O cenário tem como base duas hipóteses. Primeiro, com o fim da guerra na Ucrânia, a atenuação dos problemas pelo lado da oferta reduzirá grande parte da pressão inflacionária do exterior, possibilitando que a política monetária possa cumprir seu papel de reduzir gradualmente a inflação sem a necessidade de uma queda mais profunda dos níveis de atividade.
Além disso, no início do ano que vem, parcela importante do impacto adverso do aperto monetário interno sobre a atividade econômica já terá ocorrido.
Há expectativa de crescimento para todos os setores da economia no próximo ano: agropecuária (2,5%), indústria (1%) e serviços (1,4%). Do lado da demanda, os destaques são o consumo das famílias e a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), com altas de 1% e 3%, respectivamente.
Edição: Claudia Felczak
Fonte: EBC Economia
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