Momento Entretenimento
‘Torre das Guerreiras’ traz trajetória de Ana Maria Ramos Estevão

Presa três vezes durante a ditadura militar brasileira (1964 – 1985) e exilada em Paris, Ana Maria Ramos Estevão contou sua história em um livro de memórias que chamou de “Torre das Guerreiras” (Ed. 106 memórias) uma referência à Torre das Donzelas, nome dado ao local onde as mulheres presas na ditadura eram levadas.
E sobre o nome do livro Ana Maria fez uma observação muito interessante sobre como as histórias, em especial as infantis, nomeiam as cadeias: Homens presos em calabouços e mulheres sempre em Torres. Lembram da Rapunzel, Bela Adormecida? E durante a ditadura a realidade imitou os contos de fadas, pois de fato a cadeia feminina era uma Torre.
Ana Maria relata tudo com muita coragem, pois absolutamente não deve ser fácil reviver toda a história, os momentos de terror e tortura que passou presa. Conta inclusive como viu e ouviu companheiros serem torturados para que delatassem outros. Narra também o quanto esse momento iniciado em 1970 com a primeira prisão reverberou muito tempo em sua vida: “O exacerbamento do meu instinto de sobrevivência e a mudez perante grande público são marcas deixadas pela tortura e que trago até hoje”, conta a autora.
Na Torre das Guerreiras, Ana Maria ficou presa com a ex-presidenta Dilma Rousseff, que inclusive escreveu o prefácio, e em relato conta curiosidades sobre a personalidade de Dilma como seu tom de voz ser “invariavelmente professoral e de comando” e que era ela quem apelidava as mulheres. Além da ex-presidenta também estiveram Maria do Carmo Campelo (já falecida), Eliana Rollemberg, Guiomar Silva e tantas outras guerreiras.
Livros assim, com memórias sobre torturas, cárceres sem chance de defesa, sempre fazem nos questionar sobre nossas escolhas, sobre o que aconteceria, ou onde estaríamos se tivéssemos feito outras escolhas, Ana Maria diz: “Tenho certeza que não faria outra escolha, mesmo vendo depois de tanto tempo tenho minha consciência em paz e a certeza de que aquele era o melhor caminho no contexto da época”.
Embora o período relatado no livro seja bastante sombrio e pouco debatido abertamente, os livros têm sido o melhor meio para que histórias como essa se perpetuem. E livros de memórias, que trazem tudo tão vívido e detalhado, se tornam ainda mais importantes. Nunca será fácil, imagino, falar ou relembrar momentos como esses, mas é de extrema importância essa coragem de expor e falar sobre uma parte da nossa história que muitos ou tentam abafar ou até enaltecer.
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Momento Entretenimento
Filho de Tim Maia relembra último encontro com pai: ‘Mudou minha vida’

Tim Maia morreu aos 55 anos, após ter passado mal em um show e ter sido internado, em 1998. Filho do artista, Leo Maia contou como foi o último encontro com o pai, já debilitado num leito de UTI no hospital. Ele disse que foi até lá para “se despedir” do cantor e compositor.
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“Cada filho teve dois ou três minutos para se despedir do pai. Eu agarrei a mão dele e, juro por Deus, prometi… Foi aquele momento que mudou a minha vida. Segurei na mão dele e disse: ‘vou provar para você que eu não sou um bosta. Vou vencer na vida sem depender de você.’ Ali, no leito de morte dele, segurando a mão dele e falando: ‘Vou vencer, fazer um Maia subir num palco de novo e levar o nome da família. A gente não vai acabar assim “, disse Leo, em entrevista ao “Venus Podcast”.
Leo, que seguiu carreira artística, acrescentou que o pai não estava consciente, mas ele acredita que Tim ouviu suas palavras. Ressaltou ainda que, entre as promessas feita para o pai na ocasião, a única que ainda não cumpriu foi concluir a faculdade. Algo que ainda espera realizar: “Era a coisa que ele mais queria”, afirmou ele, que chegou a ingressar na universidade, mas não finalizou o curso.
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No papo, Leo falou ainda sobre a relação com o pai, a personalidade forte de Tim Maia, sobre como descobriu que era adotado e da gratidão que tem pelo artista.
“Quando eu descobri que era filho adotivo, tinha 17 anos de idade. Eu não sabia (…). Cara, foi uma prostituta que me falou. Uma menina que fazia programa e queria roubar o meu pai. E eu nunca deixava ninguém roubar o meu pai. Ela, com raiva, disse : ‘Ah, tu nem filho dele é, meu irmão. Tu é adotado’. Aí eu fiquei em choque”, contou ele, que só abordou o assunto uma única vez com o pai:
“Ele olhou para mim e deu dois tapões no peito dele: ‘Você é o meu filho do coração, porra! Você eu escolhi, meu irmão, na barriga da sua mãe’. (Depois foi para o quarto dele), pegou a porta e deu um fechadão. E ficou o dia inteiro no quarto. Só saiu à noite.’ “
Depois disso, os dois nunca mais tocaram no assunto.
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