Conforme a denúncia oferecida pelo MPMT, assinada pela promotora de Justiça Maisa Fidelis Gonçalves Pyrâmides, no dia 25 de julho, o réu é acusado de feminicídio, podendo ser condenado sob as qualificadoras de motivação fútil, emprego de meio cruel e utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Na última quinta-feira (01), a Justiça negou o pedido da Defensoria Pública do Estado, que apontou que o acusado possuía insanidade mental e, por conta disso, deveria ser internado de forma provisória.
“Considerando as informações trazidas até o presente momento processual não se pode dizer que esse grau de incerteza se faz presente uma vez que, conforme relatos dos familiares, o ora denunciado apresentava, ao menos até a última vez que veio a esta cidade a passeio, comportamento normal e sociável, descrevendo-o como uma pessoa bem educada e tímida […]”, argumentou a magistrada na negativa do pedido da Defensoria Pública.
Entenda o caso
No dia dois de julho, por volta das 21h, Maria Zélia da Silva Cosmos, 55 anos, foi assassinada em sua residência, no bairro Vila Bela, em Sorriso. Após o homicídio, a vítima ainda teve seu coração arrancado, sendo seu sobrinho, Lumar Costa, o suspeito da prática criminosa.
À época, a Polícia Civil levantou que o acusado chegara a Sorriso no final de junho. O suspeito veio para Mato Grosso após ameaçar a mãe e outros familiares com um facão, no estado de São Paulo. Em Sorriso, ficou abrigado na casa da tia, de favor.
O suspeito, à princípio, não tem passagens criminais. Segundo testemunhas, o rapaz é muito inteligente, trabalhou em multinacional no Sudoeste do Brasil e fala outros idiomas.