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JBS terá que pagar R$ 1 milhão por risco de funcionários

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A unidade da JBS S/A em Alta Floresta terá que pagar R$ 1 milhão por danos morais coletivos. A punição é resultado da ação movida pelo Ministério Público do Trabalho em Mato Grosso contra a empresa. A ação foi movida após um Inquérito constatar que um ex-funcionário da empresa contraiu brucelose, uma doença crônica, transmitida pelo contato direto com animais doentes.

Durante as investigações, observou-se que a empresa não realizava exames periódicos, admissionais ou demissionais adequados, que pudessem detectar a doença.

Além da indenização coletiva, a sentença proferida pela juíza do Trabalho, Janice Schneider Mesquita, obriga a JBS a realizar exames de brucelose em todos os empregados demitidos nos últimos 6 meses até o prazo final de 60 dias, sob pena de multa adicional de R$50 mil por dia após o vencimento do prazo.

A decisão foi expedida no dia 15 de abril.

A JBS S/A já havia sido condenada na Justiça do Trabalho em 2015 pelo mesmo motivo. A condenação daquele ano se aplicava à unidade da empresa localizada no município de Confresa. Essa também foi resultado de ação civil movida pelo MPT-MT.

Relatórios da época já apontavam identificação diária de brucelose em bovinos nas unidades da JBS. De acordo com o Serviço de Inspeção Federal (SIF), as condições de trabalho em relação aos riscos biológicos continuam idênticos ou até mais graves.
 
BRUCELOSE

Também conhecida como febre de Malta ou mediterrânea, a brucelose é uma doença infecciosa causada por diferentes gêneros da bactéria Brucella, transmitida dos animais para os homens. O risco de contrair a infecção é maior em pessoas que trabalham com a criação e o manejo de animais e nos abatedouros e casas de carne. Também é possível a transmissão da enfermidade da mãe para o feto.

Em quadros mais graves, pode afetar o sistema nervoso central, o coração, os ossos, as articulações, o fígado e o aparelho digestivo. Como não existe vacina contra a brucelose humana, a prevenção depende diretamente do controle e erradicação da bactéria nos animais, seja através da vacinação das fêmeas de três a oito meses de idade, seja por meio do abate sanitário do rebanho.
 

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