Em resposta ao alarmante aumento das queimadas no Brasil em 2024, que devastaram 30,8 milhões de hectares — a maior área desde 2019 —, a Fundação Bunge firmou uma parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para capacitar até 40 brigadas indígenas no combate a incêndios florestais até 2029.
A iniciativa abrange cinco estados: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Maranhão e Tocantins. Em Mato Grosso, onde o agronegócio é predominante e as áreas de floresta são extensas, a presença das brigadas indígenas é estratégica para a proteção de biomas como a Amazônia e o Cerrado.
O projeto, que integra o programa Prevfogo do Ibama, contempla dois eixos principais: formação técnica e estruturação de seis salas de situação móveis. Essas salas serão equipadas com tecnologias avançadas, incluindo drones, notebooks, computadores de alta performance, monitores, TVs e microfones, para aprimorar o monitoramento e a resposta rápida a incêndios. ()
A diretora-executiva da Fundação Bunge, Claudia Buzzette Calais, destacou a importância do conhecimento ancestral dos povos indígenas na conservação e monitoramento das florestas. Ela afirmou que fortalecer políticas públicas que apoiam esses povos é crucial para proteger a biodiversidade brasileira e combater a emergência climática.
A coordenadora-geral do Prevfogo, Flávia Saltini Leite, ressaltou que a parceria representa um avanço essencial na proteção de comunidades tradicionais, na conservação de ecossistemas e na mitigação das mudanças climáticas.
Com a implementação dessa iniciativa, espera-se uma redução significativa das queimadas ilegais e uma melhoria na gestão sustentável dos recursos naturais, promovendo a preservação dos biomas e o fortalecimento das comunidades indígenas envolvidas.
