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China suspende importação de soja de cinco exportadoras brasileiras por inconformidades fitossanitárias

Na safra 2023/2024 foram cadastradas no órgão 16.517 unidades de produção de soja, com total de área de 11.326.725 hectares - Foto por: Indea

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A Administração-Geral de Aduanas da China (GACC) anunciou a suspensão temporária das importações de soja de cinco exportadoras brasileiras devido à identificação de irregularidades fitossanitárias. Entre os problemas relatados estão contaminação química e a presença de pragas quarentenárias, em desacordo com os padrões estabelecidos pelo mercado chinês.

 

As empresas afetadas são Terra Roxa Comércio de Cereais, Olam Brasil, C.Vale Cooperativa Agroindustrial, Cargill Agrícola S.A. e ADM do Brasil, com as restrições aplicadas a unidades específicas de cada uma. As suspensões tiveram início em 8 de janeiro para as três primeiras empresas e, posteriormente, em 14 de janeiro para as demais. Apesar da medida, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) do Brasil minimizou o impacto, afirmando que essas situações fazem parte do processo de fiscalização regular e que não representam uma ameaça ao fluxo comercial com o principal parceiro do país no setor.

 

 

Entre as cinco empresas brasileiras que tiveram suas exportações de soja para a China suspensas devido a inconformidades fitossanitárias, a C.Vale Cooperativa Agroindustrial possui operações no estado de Mato Grosso.

De acordo com informações disponíveis, a C.Vale atua em diversos estados brasileiros, incluindo Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. No entanto, as suspensões aplicam-se apenas às unidades específicas notificadas, permitindo que outras instalações dessas empresas continuem exportando normalmente para o mercado chinês.

O governo brasileiro já iniciou investigações nas unidades afetadas para identificar as causas das inconformidades e reforçou a fiscalização nos embarques de soja destinados à China. Além disso, as empresas impactadas estão desenvolvendo planos de ação corretiva para atender às exigências fitossanitárias chinesas. A expectativa é de que, com a implementação dessas medidas, as suspensões sejam revertidas rapidamente.

 

O Mapa destacou que as demais unidades das exportadoras continuam autorizadas a operar normalmente, reduzindo os possíveis prejuízos à cadeia de exportação. Em nota, o ministério reforçou a solidez do sistema de controle fitossanitário brasileiro e a relação de confiança mantida com as autoridades chinesas. “Estamos trabalhando de maneira ágil e transparente para resolver qualquer pendência e garantir a qualidade do nosso produto”, informou.

 

A soja é o principal produto de exportação do agronegócio brasileiro, com a China absorvendo cerca de 70% do volume total enviado ao exterior. O grão é essencial para a produção de óleo vegetal e ração animal no país asiático, consolidando o Brasil como um parceiro estratégico no abastecimento de insumos agrícolas.

 

Especialistas do setor avaliam que, embora o episódio reforce a necessidade de atenção aos requisitos fitossanitários, ele não deve causar danos de longo prazo às relações comerciais entre Brasil e China. O rápido diálogo entre os dois governos e a implementação de medidas corretivas são vistos como passos essenciais para manter a confiança no mercado global.

 

O episódio também ressalta a importância do fortalecimento das práticas de controle de qualidade e fiscalização na cadeia produtiva, essenciais para preservar a competitividade do Brasil no agronegócio e assegurar sua posição de liderança nas exportações mundiais de soja. A cooperação técnica entre Brasil e China continua sendo um pilar estratégico para ambas as economias, garantindo estabilidade e crescimento sustentável no setor.

Para mais detalhes, assista ao vídeo abaixo:

 

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