Uma adolescente de 16 anos, suspeita de participar da emboscada que levou ao assassinato de Luana Bruines Gonçalves da Silva, de 23 anos, foi apreendida na última terça-feira (11) durante uma operação da Polícia Civil em Lucas do Rio Verde, a 360 km de Cuiabá.
A ação também resultou na apreensão de outros dois adolescentes e na prisão de dez integrantes de uma facção criminosa suspeitos de envolvimento no crime.
Motivo do assassinato
Segundo a Polícia Civil, Luana foi morta porque adquiriu drogas de um grupo rival ao que monopoliza o tráfico na região de Sorriso. Como a substância não era autorizada pela facção dominante, sua execução foi ordenada.
“A jovem Luana foi atraída para a casa da amiga e, ao chegar ao local, foi sequestrada e morta por asfixia. Seu corpo foi posteriormente abandonado à beira de uma estrada, nos fundos do bairro Rota do Sol, que liga ao bairro Carolina, na estrada que dá acesso a Tapurah”, informou o delegado responsável pelo caso, Bruno França, em entrevista à repórter Jacy Fernandes.
Armadilha mortal
As investigações apontam que Luana e seu namorado haviam sido presos anteriormente por envolvimento com o tráfico de drogas. No entanto, segundo a polícia, ela não possuía vínculos com nenhuma facção criminosa.
A jovem desapareceu no dia 27 de fevereiro, quando saiu de casa para buscar a filha na escola. De acordo com a Polícia Civil, ela foi atraída por uma amiga adolescente, que a entregou para ser assassinada em troca do perdão de uma dívida de R$ 2 mil. A ordem para o crime partiu de um detento ligado à organização criminosa.
Ocultação do corpo
O corpo de Luana foi encontrado no dia 3 de março, após equipes da Polícia Civil e Militar receberem informações sobre um cadáver enrolado em um lençol em uma área de mata. No local, porém, os agentes encontraram apenas o lençol.
O delegado revelou que o mandante do crime ordenou a remoção do corpo para dificultar as investigações. Apesar disso, os policiais notaram vestígios na vegetação e, ao seguirem a trilha, localizaram a cova onde o corpo havia sido enterrado.
Um dia antes da descoberta, a polícia já havia cumprido mandados de prisão contra o mandante do crime e outro suspeito de participação no assassinato.
As investigações continuam em andamento para identificar outros envolvidos no homicídio.