Sandro Perini e Arison Ramos da Silva (destaque) foram mortos dentro de uma oficina mecânica, em Cáceres, no Mato Grosso.
A série de mortes violentas por execução nos últimos meses, está chamando a atenção da Polícia Civil da cidade de Cáceres, há pouco mais de 200 Kms de Cuiabá.
Há suspeitas e indícios da existência de um “Grupo de xtermínio” na região.
Mais de 20 pessoas já foram executadas, desde o início deste ano, apenas na cidade de Cáceres.
Segundo dados Secretaria de Segurança Pública (Sesp), de janeiro a abril deste ano, 305 pessoas foram assassinadas, todas por execuções.
Os números são mais acentuados ainda, se forem contabilizadas as outras mortes de crimes contra a vida humana. Crimes não classificados como execução.
Não é oficial, mas entre crimes de execução e comuns, os números da violência dos crimes contra a vida de pessoas mortas a tiros, facadas, pauladas, pedradas, por asfixia e até por envenenamento já passam dos 650 casos, nos primeiros cinco meses e 22 dias deste mês de junho, em todo o Estado.
Mas foi o último caso de execução sumária que mais levantou suspeita da existência de um grupo de extermínio, no fim da tarde de quarta-feira (21).
Dois pistoleiros anunciaram um suposto assalto, mas a intenção deles era uma execução sumária.
Foram mortos, com ao menos oito tiros de pistola cada um, os mecânicos Sandro Gonçalves Perine, de 34 anos, e Arison Rafael Ramos da Silva, de 22 anos.
O duplo homicídio aconteceu no bairro Cavalhada, região da cidade de Cáceres que mais vem registrando execuções, nos últimos tempos.
Os dois bandidos chegaram a uma oficina mecânica especializada em consertos de motos.
Anunciaram um assalto, mas não roubaram nada. Muito pelo contrário, foram para os fundos da empresa e começaram a atirar contra as duas vítimas.
Sandro e Arison levaram tiros na cabeça e morreram na hora. Os dois pistoleiros saíram do local calmos, como se nada tivesse acontecido.
Acionada, a Polícia Militar realizou rondas, durante toda à noite de quarta-feira e madrugada desta quinta-feira (23), mas, logo no começo, não conseguiu pistas dos dois pistoleiros.
Otavio Ventureli(da redação com assessoria e DC)