A discussão em torno da obrigatoriedade da vacinação contra a covid-19 ainda é vazia, segundo apontou o governador Mauro Mendes(foto), nesta terça-feira (19). Enquanto não houver disponibilidade das doses para todos, não há como falar em obrigatoriedade, defende o democrata.
O primeiro lote, com 125 mil doses, chegou a Mato Grosso na segunda-feira (18). Ao todo, serão imunizadas 62 mil pessoas, inicialmente aplicadas em profissionais da saúde, idosos abrigados em asilos e povos indígenas aldeiados.
A discussão sobre a obrigatoriedade começou com a apresentação do projeto do deputado estadual Eduardo Botelho, que traz sanções para quem não for imunizado. Apesar de não ter ido para votação, a medida já trouxe bastante polêmica.
Porém, segundo o chefe do Executivo estadual, é difícil falar em obrigatoriedade da vacinação, quando há poucas doses disponíveis.
“Como temos uma escassez muito grande, acho que seria inócuo falar em obrigatoriedade. Por enquanto, a vacina é livre, não tem nenhuma recomendação nacional muito menos estadual que seja obrigatória”, defende.
Com o recebimento das primeiras doses, o governador afirmou que não vai obrigar ninguém a receber o imunizante. Porém, não vai estocar as doses, dado a gravidade da pandemia do novo coronavírus.
“Pessoas que estão dentro daquele grupo prioritário, nós vamos fazer a disponibilidade para tomar a vacina. Se elas não comparecerem ao prazo, não vou ficar estocando vacina não. A fila anda”, adverte.
Otavio Ventureli(da redação com assessoria)