O emedebista retomou suas atividades na Casa nesta semana, após uma licença de quatro meses.
O relatório que trata da reforma, de autoria do deputado Samuel Moreira (PSDB-SP), não traz a inclusão dos estados. E, conforme Bezerra, não há clima entre os deputados para que o assunto volte a ser discutido.
“Acho que lá na Câmara não passa. A grossa maioria, 90%, não quer votar estados e municípios. Não é 50%, 60%, é praticamente unanimidade isso”, disse Bezerra.
“Estava afastado, voltei essa semana e pude sentir isso de perto. Conversei com muita gente, senti que é quase unanimidade. Votam a Previdência, mas a inclusão não. Ninguém quer votar”, acrescentou.
Na avaliação de Bezerra, a exclusão é ruim, já que os estados têm um grande déficit previdenciário, que tende a aumentar.
“Acho que a medida seria boa para resolver essa questão em todo o País. O déficit dos estados e municípios é de mais ou menos R$ 500 bilhões. É muito grande o rombo e a tendência é aumentar”, afirmou o deputado.
Reforma
A expectativa é que o projeto que trata da reforma da previdência seja colocado em votação na Câmara dos Deputados ainda na próxima semana, antes do recesso parlamentar que tem início em 18 de julho.
O presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM), já considera haver votos necessários para aprovar o texto em plenário.
São necessários 308 votos em dois turnos para o texto ser aprovado na Câmara.