POLÍTICA MT
João Batista destina recursos financeiros para aquisição de ambulância em São José dos Quatro Marcos
Foto: JLSIQUEIRA / ALMT
O deputado estadual João Batista do Sindspen (Pros) usou suas redes sociais na manhã desta quinta-feira (20) para comemorar o aporte financeiro no valor de R$ 140 mil destinado à saúde pública do município de São José dos Quatro Marcos (distante a 310 km de Cuiabá). O recurso, como explicou o parlamentar, é fruto da parceria com a vereadora Sandra Barbosa Picolo (MDB), mais conhecida na cidade como “Sandra Enfermeira”.
Batista conta que o valor deverá ser utilizado na aquisição de uma nova ambulância, afirmando que o valor já está disponível nos cofres públicos do município. “É com muita satisfação que recebemos a informação de que o valor de R$ 140 mil já foi transferido para os cofres da prefeitura. Parabenizo aqui todo o trabalho desenvolvido pela vereadora Sandra, que sempre está em contato conosco aqui no Parlamento”, disse o deputado.
Para a vereadora Sandra da Saúde, o recurso financeiro “chega em boa hora”, afirmando que a parceria firmada com o deputado João Batista tem favorecido a cidade. “Em nome de todos os nossos munícipes, agradecemos imensamente todo o empenho que o deputado João Batista vem demonstrando em prol de São José dos Quatro Marcos. Nossa demanda na área da saúde é muito grande e toda a ajuda é bem-vinda”, finalizou a vereadora.
Saúde 2021 -Os valores destinados pelo deputado estadual João Batista do Sindspen (Pros), por meio das emendas parlamentares à saúde pública durante o ano de 2021, totalizam o montante de R$ 859,965,00 (oitocentos e cinquenta e nove mil, novecentos e sessenta e cinco reais). Dentre os valores destinados, alguns estão empenhados, outros aguardando execução e muitos deles já foram pagos aos cofres municipais. A expectativa para 2022 é que mais emendas sejam aplicadas em prol da população mato-grossense.

POLÍTICA MT
Cine Teatro Cuiabá celebra 80 anos de história
Centro de Cuiabá, noite de 23 de maio de 1942. A sociedade estava em festa. Faltava pouco para a inauguração do mais moderno cinema da capital. Pela primeira vez, seria exibido um filme sonoro na cidade. Na sessão de estreia, marcada para as 20h, foi exibido “A noiva caiu do céu”, filme da Warner Bros estrelado por Bette Davis e James Cagney. O cinema estava lotado. Autoridades, boêmios, artistas, intelectuais, homens e mulheres, todos a caráter (vestidos longos, ternos e gravatas) para inauguração do Cine Teatro Cuiabá. Isso há 80 anos.
“Tinha gente caindo pelas tabelas (risos). A entrada do cinema mais parecia um mercado, muita gente estava lá para prestigiar aquele momento histórico da cultura mato-grossense. Ambulantes vendiam de tudo na entrada, tinha pixé, pipoca e rapadura”, recorda Aníbal Alencastro, escritor, historiador, ilustre personalidade da história do cinema em Mato Grosso.
A propósito, “Paradiso de Aníbal” é o nome do documentário de Diego Baraldi, que estreia na terça-feira (24.05), às 19h, no Cine Teatro Cuiabá. Aníbal é um dos pioneiros das projeções de cinemas em Mato Grosso. Ele lembra, que na estreia do Cine Teatro Cuiabá, lá em 1942, o projecionista da noite foi o rosariense Ponciano Maciel da Cruz.
O jornal “O Estado de Mato Grosso”, datado de 3 de maio daquele mesmo ano, trazia a seguinte manchete: “Ainda este mês a estreia do Cine Teatro Cuiabá”. A matéria, de autor desconhecido, dava destaque ao andamento da instalação do Sistema Movietone, projetor de última geração (à época) com sistema de som óptico. Uma novidade muito aguardada pelos cinéfilos acostumados com o cinema mudo.
“Não posso adiantar qual será o título do filme de estreia, por constituir uma agradável surpresa para os fãs, entretanto, posso assegurar que será uma produção inédita no Brasil”, declarou ao jornal da época o engenheiro Henrique de Giovanni, responsável pela montagem do aparelhamento técnico do CTC.
O filme que marcou a estreia do Cine Teatro Cuiabá foi uma escolha do Sr. Francisco Laraya, responsável pela administração do espaço, que trouxe as latas de rolo a tiracolo, do Rio de Janeiro. “Noticiários da época deram conta de que a sessão inaugural foi magnífica e contou com a presença ilustre do chefe maior do Estado, Júlio Müller, o idealizador da tão querida obra. Em geral, corria à boca pequena o seguinte comentário: ‘demorou, mas valeu a pena’”, lembra Alencastro.
Para a construção do Cine Teatro Cuiabá, que ficou sob a responsabilidade do engenheiro Cássio Veiga Sá, o governo de Júlio Müller investiu mais de um milhão e meio de cruzeiros. Com arquitetura art déco, o Cine Teatro foi construído no terreno onde antes existia o barracão do lendário Cine Parisien.
Da demolição do antigo cinema à inauguração do CTC, foram quase quatro anos de espera. No mesmo terreno – enorme por sinal, 29 m x 26 m – também fora construído o Grande Hotel, prédio histórico localizado na nova avenida Getúlio Vargas.
Naquele período, o Cine Teatro foi uma das últimas obras concluídas. Antes, no entanto, fora construída a Residência dos Governadores, o Quartel do 16° Batalhão, o Clube Feminino e o Abrigo Bom Jesus.
As primeiras décadas do Cine Teatro Cuiabá foram gloriosas. O aparelho público foi palco de grandes peças teatrais, shows de calouros e filmes inusitados, que lotavam as salas. O público disputava as vagas e, muitas vezes, tumultos eram formados. Infelizmente, o cinema foi perdendo sua força e encantamento, passando por várias concorrências e, enfim, foi desativado em 1997.
“Quente pá catiça”
Demoraria algumas décadas até que as centrais de ar condicionado fossem uma realidade. Mas a direção tinha uma maneira inusitada de aplacar o calor. Na época, o Cine Teatro apresentava um engenhoso sistema de ventilação, com serpentinas que esguichavam vapor de água. Em dias de muito calor, eram adicionadas barras de gelo aos reservatórios de água. No entanto, o calor não era o único mal que prejudicava as sessões no Cine Teatro. A energia – na verdade, a falta dela – provocava apagões com frequência.
No requintado Cine Teatro Cuiabá, nos primeiros meses de funcionamento, também havia uma sala de chá no foyer do teatro, influência trazida das salas de cinema do sudeste do país. Mas por causa do calor intenso da capital, fora desativada rapidamente. Hoje, com centrais de ar condicionado instaladas no prédio histórico – nem tão modernas assim -, onde um dia funcionou contraditoriamente o espaço que servia chá, uma bomboniere moderna serve, entre outros, chá gelado.
A era das matinês
Por décadas, o Cine Teatro Cuiabá foi cenário de romances, desacordos, crendices, travessuras e muito lirismo. Produções cinematográficas e espetáculos cênicos também eram pretextos para encontros e namoricos nas longas matinês de domingo, que exibiam, em sua maioria, séries de TV. Do auge ao fechamento, dos anos parado à reforma, criou-se um imaginário repleto de boas lembranças, algumas balelas e muita arte.
“Entre aviõezinhos de papel lançados do mezanino, nas matinês a gurizada ia ao delírio aplaudindo super-heróis nas séries do Tarzan, Flash Gordon e os cowboys dos filmes de faroeste. Qualquer cena de ação era motivo para muito alvoroço. Lembra da Condor Filmes, aquela produtora antiga? Bem, ela tinha uma apresentação em que a ave pousava numa pedra. Quando o bicho aparecia na tela, a gurizada logo se ouriçava, gritava e assobiava na tentativa de enxotar o pássaro, na maior gozação (riso). Quando o pássaro alçava voou, a comoção era geral. Aplausos e muita gritaria… e olha que, com tudo isso, o filme ainda nem tinha começado (mais risos)”, recorda Aníbal Alencastro.
Nos anos de 1950 e 1960, Aníbal foi projecionista de quase todos os cinemas de Cuiabá. Era ele o responsável pelas projeções nas matinês de domingo. Vale ressaltar que Aníbal, além do Cine Teatro Cuiabá, projetou filmes no Cine São Luís (no bairro do Porto) e no Cine Bandeirantes. Tornou-se assim umas das maiores referências no assunto – e é até hoje – sendo ele responsável pela instalação dos primeiros cinemas de 35mm nas cidades de Rondonópolis, Poxoréo e Poconé.
“Aquela magia envolvente só terminava quando aparecia na tela o famoso ‘The End’, que vinha seguido de uma frase bem grande, estampada na tela do cinema: volte na próxima semana. Eu costumo dizer que o cinema imprimiu modos e modas. Os homens tinham entre seus ídolos Rodolfo Valentino, por exemplo, o galã da época, uma forte influência. As mulheres queriam se vestir igual as atrizes Mary Pickford e Pola Negri. Pelas telonas, via-se o mundo todo. Era a nossa janela para futuro. De certa forma, o cinema influenciava o modo de agir e pensar das pessoas. E acho que é assim até hoje”.
Aníbal ressalta ainda que o cinema surgiu em Cuiabá bem antes das emissoras de rádio e televisão – em 1910, apenas 15 anos após a invenção do cinematógrafo, na França, pelos irmãos Lumière, considerados os pais da sétima arte. “Apesar de ser uma cidade geograficamente longe dos grandes centros, Cuiabá respirava progresso e modernidade. As pessoas daqui eram muito entusiasmadas com a cultura e adoravam o cinema”.
Por muito tempo, o Cine Teatro Cuiabá permaneceu como o principal centro das atividades artísticas da capital. Era sinônimo de consumo e produção cultural. Mas a bonita história também carrega traços de melancolia, com a interdição do espaço em 1996. Foram 12 anos de portas fechadas. O tempo em desuso e a demora por consertos trouxeram danos às instalações e multiplicaram as histórias e lendas sobre o lugar. Reformas lentas e repletas de interrupções fizeram reparos substanciais, que mantiveram as características arquitetônicas da época de sua construção, incluindo sua cor original, amarelo.
Em 21 de maio de 2009, com um concerto especial da Orquestra do Estado de Mato Grosso, o Cine Teatro Cuiabá foi entregue novamente à sociedade. Abriu novamente suas portas, com uma grande cerimônia e dois meses de programação gratuita, que incluía espetáculos de teatro, dança e música. Ironicamente, cinema não estava no programa.
A partir de outubro daquele mesmo ano, o espaço passou a ter gestão compartilhada entre o Governo do Estado e a iniciativa privada. O Cine Teatro Cuiabá é um dos equipamentos culturais da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) e continua com gestão compartilhada, nos últimos anos, sob a administração da Associação Cultural Cena Onze.
Hoje, o espaço abriga ainda a MT Escola de Teatro, curso superior de Tecnologia em Teatro, oferecido graças à parceria entre a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), a Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), a Associação dos Amigos Artistas Amigos da Praça (Adaap) e a Associação Cultural Cena Onze.
Com intensa programação mensal, que inclui sessões de cinema, espetáculos de diferentes linguagens artísticas, capacitações e eventos culturais, o mais charmoso dos aparelhos culturais da capital continua a incitar reflexões e a promover a difusão do conhecimento da arte, da educação e da cultura. Vida longa ao Cine Teatro Cuiabá!
-
SORRISO5 dias atrás
Tristeza e amargura: PRF e Rota do Oeste confirmam 11 mortos e feridos presos as ferragens no acidente desta tarde na BR 163 em Sorriso MT
-
SORRISO4 dias atrás
Criança de 11 anos que morreu no acidente entre ônibus e carreta em Sorriso MT nesta terça havia postado mensagens de amor à mãe
-
SORRISO4 dias atrás
Boletim médico divulgado esta tarde indica que motorista do ônibus que se envolveu em acidente nesta terça na BR 163 MT está em coma induzido
-
Momento Entretenimento3 dias atrás
Filho de Andreia reprova atitude da mãe no ‘Power Couple’: ‘Me feriu’
-
SORRISO4 dias atrás
Expresso Itamaraty proprietário do onibus envolvido na tragédia em Sorriso MT deve explicar denúncias de problemas mecânicos no veículo
-
MATO GROSSO3 dias atrás
Passageira sobrevivente que viajava no ônibus da Itamaraty que se chocou com carreta na BR 163 faz sérias denúncias contra a Empresa. E, agora?
-
Momento Saúde2 dias atrás
Varíola dos macacos: brasileiro é o primeiro infectado na Alemanha
-
Momento Entretenimento6 dias atrás
Irmã de Rafael Miguel desabafa após prisão de assassino da família