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Debatedores pedem medidas de proteção a mulheres esportistas vítimas de violência

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Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Mayara Munhos: 61% das atletas de jiu-jitsu já sofreram algum tipo de assédio

Mulheres atletas têm sido vítima de violência física e sexual no Brasil. Uma pesquisa realizada pela lutadora e jornalista da ESPN Mayara Munhos mostrou que 61% das atletas de jiu-jitsu já sofreram algum tipo de assédio. O assunto foi debatido ontem em audiência pública da Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados.

Para tentar melhorar a situação, a comissão analisa proposta (PL 4866/19) que implementa serviços de apoio psicológico às atletas vítimas de violência física ou sexual; e prevê atendimento articulado nos serviços de assistência social, saúde e segurança pública, entre outras normas e políticas de proteção.

De acordo com o autor da proposta, deputado Bosco Costa (PL-SE), o projeto deve contribuir para a gradual substituição da cultura da violência contra a mulher por uma cultura de paz, livre do machismo e do preconceito.

O deputado frisou que esses casos de agressões físicas e sexuais no esporte assemelham-se à da violência doméstica, porque os agressores são geralmente treinadores ou outros esportistas.

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A ex-jogadora de vôlei Paula Barros, que hoje é psicóloga, ressaltou que é preciso um olhar mais clínico e humanizado para o atleta, e não apenas uma cobrança de rendimento.

“Um órgão realmente fiscalizador dentro desses ambientes esportivos é de extrema importância hoje, para que o esporte brasileiro cada vez mais ganhe credibilidade e força para que esse atleta alcance o seu rendimento na sua totalidade. Como psicóloga, eu vejo a importância desse profissional nesse ambiente em que não é valorizado”, afirmou.

Cleia Viana/Câmara dos Deputados
Paula Barros: é preciso um olhar mais clínico e humanizado para as atletas

A jornalista Renata Mendonça defendeu a conscientização das mulheres que sofreram abuso. Ela é autora no blog Dibradoras, que surgiu para dar voz e visibilidade às mulheres no esporte.

“A gente precisa conscientizar essas meninas e essas mulheres sobre o que é abuso, sobre o que pode e o que não pode e, principalmente, qual é o lugar seguro onde ela pode contar [sobre o assédio]”, explicou. “O fato de a gente ter um ambiente tão nocivo no esporte afasta as mulheres do esporte”, disse a jornalista.

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Projeto em análise A proposta (PL 4866/19) que implementa assistência psicológica e medidas de proteção para a atleta vítima de violência física ou sexual ainda será votada pela Comissão do Esporte. Posteriormente, o texto seguirá para outras três comissões da Câmara (de Defesa dos Direitos da Mulher; de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania).

Reportagem – Helder Ferreira
Edição – Pierre Triboli

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