POLÍTICA NACIONAL
Em seis anos renda média de caminhoneiros caiu 11% aponta estudo da Universidade Federal de Sergipe divulgado esta semana
Em seis anos, a renda média dos caminhoneiros no Brasil caiu 11%, passou de R$ 3.600, em 2015, para R$ 3.200, em 2021.
O dado é de um estudo organizado pela Childhood Brasil em parceria com a Universidade Federal de Sergipe. A perda de renda é ainda mais grave na comparação com o valor do salário mínimo.
Em 2010, por exemplo, a renda média dos caminhoneiros era de 5,7 salários mínimos. Em 2015, passou a 4,5 e, em 2021, representa 2,9 salários. O que significa que, em 11 anos, o motorista de transporte de cargas profissional perdeu quase três salários mínimos no período.
O preço do diesel e dos derivados do petróleo é apontado como um dos grandes vilões da categoria. Quem está na rua afirma que não consegue rodar ou manter a frota com o preço atual.
Na última segunda-feira (9), a Petrobras fez um novo reajuste no preço do combustível para as distribuidoras, que passará de R$ 4,51 para R$ 4,91 o litro.
Wallace Landim, conhecido como Chorão, e presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), é categórico ao afirmar que o abastecimento no Brasil está ameaçado.
Em 12 meses, até abril, o óleo diesel acumula alta de 53,58%, segundo o último balanço do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na quarta-feira (11).
“A gente caminha para o colapso. Mais de 45% dos caminhões estão parados por não ter condições de rodar, então a falta de abastecimento é natural e isso reflete no bolso de toda a sociedade. Hoje você vai ao supermercado e o quilo da cenoura passa dos R$ 10, isso também tem a ver com o custo do transporte. Está insustentável”, diz Chorão, que foi um dos líderes da categoria durante as manifestações dos caminhoneiros em 2018.
Outro dado apontado pela pesquisa é que a possibilidade de ter e manter um caminhão próprio é cada vez menor.
No estudo anterior, de 2015, 53% dos entrevistados eram donos do automóvel que dirigiam. Porém, o percentual caiu para 22,8% em 2021. Segundo a série histórica, esse é o menor percentual desde 2005, quando a pesquisa começou a ser feita.
Para Chorão, esse dado também está diretamente ligado ao aumento dos combustíveis. “A conta não fecha, além de precisar do diesel para rodar, toda a nossa manutenção está ligada a derivados de petróleo, óleo lubrificante e pneu, por exemplo, esses são os insumos que mais consumem a nossa renda. Em um trecho de mil quilômetros, a gente perde, em média, R$ 300”, comenta.
Esse custo impacta diretamente nos preços de produtos e serviços. Comerciante no Ceasa do Distrito Federal, Francinildo Rocha conta que o nos últimos 15 dias precisou aumentar R$ 0,50 centavos no preço do quilo da banana. “Nas últimas duas semanas, o frete, que já tinha subido muito, aumentou mais R$ 400 para nós. Não temos como segurar o preço porque o caminhão não roda sem diesel. Então toda vez que o governo aumenta o valor do combustível, repassamos o custo”, afirmou.
Otavio Ventureli(da redação com assessoria)

POLÍTICA NACIONAL
Câmara aprova acordo para instalação de escritório da OCDE no Brasil
O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (29) o Projeto de Decreto Legislativo 253/21, que valida os termos de acordo para a instalação de um escritório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) no Brasil. O texto seguirá para o Senado.
O acordo foi assinado em Paris (França), em 8 de junho de 2017 e, para começar a valer, precisa ser aprovado pelo Congresso Nacional.

Relator da proposta, o deputado Eduardo Cury (PSDB-SP) afirmou que a OCDE é uma das instituições internacionais mais importantes do mundo e tem em seus quadros parceiros estratégicos do Brasil. O grupo é formado por 38 países, entre os quais Estados Unidos, Alemanha, França, Reino Unido, Austrália, Japão, Turquia, Chile, Canadá e México.
“Embora o Brasil ainda não seja membro da OCDE, a sua relação com o Brasil é de longa data, sendo considerado parceiro-chave”, disse Cury. A estratégia de boa relação do Brasil com o órgão internacional, segundo ele, é uma política de Estado.
Ao justificar a proposta, o governo brasileiro avaliou que o escritório vai promover atividades conjuntas entre o Brasil e a OCDE, funcionando como ponto de contato efetivo entre autoridades brasileiras e o secretariado da organização.
“O estabelecimento do escritório no Brasil será especialmente oportuno, considerando a recente solicitação do País de iniciar o processo de adesão à organização, por carta datada de 29 de maio de 2017”, diz o texto assinado pelo ex-chanceler Ernesto Araújo e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.
Segundo o texto, o escritório servirá também para apoiar missões e eventos da OCDE no Brasil e para garantir privilégios e imunidades aos agentes da entidade no desempenho de suas funções.
Discussão
PT, PSol e PSB votaram contra a matéria. O deputado Afonso Florence (PT-BA) afirmou que não concorda com determinados pontos do acordo, como a concessão de incentivos fiscais. “São incentivos que existem como regra para países que fazem parte da OCDE, mas nós não somos”, disse.
Já o deputado General Peternelli (União-SP) defendeu a aprovação do acordo. “Esse escritório de representação do País é muito importante, todos sabemos que o escritório tem uma representatividade semelhante a uma embaixada e vai permitir uma inserção do Brasil no cenário internacional”, declarou.
Garantias
O texto do acordo estabelece, entre outros pontos, que a OCDE terá personalidade jurídica e seu escritório gozará de privilégios e imunidades idênticos àqueles garantidos às agências especializadas das Nações Unidas, os quais serão aplicáveis à propriedade da OCDE, seus bens, agentes e especialistas em missão no Brasil.
Deverão ser concedidos privilégios fiscais ao escritório da OCDE no Brasil, como isenção de imposto sobre a compra de veículos importados para o escritório da organização; de taxas de licença de rádio e televisão; e de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o consumo local de bens e serviços por parte do escritório da OCDE, cobrado sobre energia elétrica, telecomunicações e gás.
Conheça a tramitação de projetos de decreto legislativo
Reportagem – Carol Siqueira
Edição – Pierre Triboli
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