O ex-prefeito de Tapurah, Iraldo Ebertz (PL), compartilhou sua visão sobre a atual situação política do município, destacando a recente vitória contra acusações que envolviam sua administração.
Em uma conversa franca, Iraldo abordou a rejeição das suas contas pela Câmara de Vereadores, as investigações sobre as obras realizadas durante sua gestão e, principalmente, o impacto das decisões políticas que, segundo ele, influenciaram negativamente o rumo de sua administração.
O ex-prefeito foi alvo de uma reviravolta política que, segundo ele, foi a causa da rejeição das suas contas pela Câmara de Vereadores.
“A reprovação das minhas contas foi uma questão puramente política”, afirmou. “Muitos dos vereadores que votaram contra não se reelegeram, e a decisão deles foi influenciada por uma oposição que queria me tirar do jogo político”, completou.
Ele explicou que, apesar de não ter a intenção de se candidatar novamente à prefeitura, a manobra da oposição, juntamente com a pressão política da Câmara, criou um cenário de instabilidade.
Para Iraldo, a reprovação foi uma tentativa de descredibilizar seu legado político e abrir espaço para outros candidatos. “Eles sabiam que eu não ia me lançar novamente e, por isso, tentaram prejudicar a nossa imagem”, afirmou.
No entanto, Iraldo considera que, apesar da ação da oposição, a população deu a resposta que ele esperava.
“O povo mostrou, nas urnas, que a decisão foi injusta. Eles votaram massivamente em nosso candidato, e isso foi uma grande vitória para a verdade e para a justiça”, disse o ex-prefeito, ressaltando a diferença de mais de 1.400 votos que seu apoiado, Álvaro Galvan, obteve na eleição subsequente.
Em relação às acusações de irregularidades nas obras e na gestão financeira da prefeitura, Iraldo foi enfático ao defender sua administração.
Ele explicou que o Tribunal de Contas e o Ministério Público avaliaram os processos sob um prisma técnico e legal, concluindo que não houve irregularidade em sua gestão.
“Essas questões são normais de se ajustar. Em muitos casos, há um erro contábil que é corrigido no ano seguinte, e nada disso representa dano ao erário ou fraude”, disse Iraldo, referindo-se aos ajustes feitos nas contas durante sua administração.
Apesar de os opositores alegarem irregularidades em obras como a recuperação da rodovia conhecida como “buracão”, o ex-prefeito garantiu que todas as ações foram tomadas dentro das normas legais, sem prejudicar o patrimônio público.
O Tribunal de Contas, após a análise das contas, isentou sua gestão de qualquer irregularidade, deixando claro que as acusações não tinham fundamento.
Ebertz também compartilhou sua visão sobre a política em cidades pequenas, onde as rivalidades pessoais muitas vezes se confundem com as disputas partidárias.
“É difícil lidar com essas questões em um município pequeno. Eu sempre defendi que podemos ser adversários políticos, mas nunca inimigos pessoais”, afirmou. “A política precisa ser feita com respeito e com o foco no bem comum, e não em brigas pessoais.”
Ao ser questionado sobre seu futuro político, Iraldo foi categórico: não tem interesse em se candidatar novamente.
“Não tenho mais intenção de concorrer à prefeitura. O futuro de Tapurah está nas mãos de quem está agora, e estou confiante de que as coisas vão melhorar com novos projetos”, destacou. O ex-prefeito, no entanto, criticou duramente a atual gestão, afirmando que a cidade está sendo mal administrada, especialmente no que diz respeito à saúde e à infraestrutura.
“Esse prefeito que está saindo agora tem deixado a população sem médicos, ambulâncias e medicamentos. O que é mais triste é que ele está saindo com dinheiro em caixa, enquanto as pessoas estão sofrendo”, afirmou Iraldo. Em contrapartida, o ex-prefeito prometeu apoiar novos projetos para o crescimento de Tapurah, como a construção de 700 moradias, incluindo casas e apartamentos, e a implementação de um hospital municipal.
“A gestão precisa ser humanizada, algo que sinto falta na atual administração. Estamos planejando ações concretas para o desenvolvimento da cidade e para garantir qualidade de vida aos cidadãos”, concluiu.