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Investigação sobre cemitério clandestino em Lucas do Rio Verde avança; relatos chocantes expõem brutalidade do crime organizado

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O trabalho de investigação e escavação no cemitério clandestino descoberto em Lucas do Rio Verde, Mato Grosso, segue revelando uma realidade sombria e alarmante. Até o momento, foram localizadas dez covas individuais e uma vala coletiva contendo dois corpos, totalizando 11 vítimas enterradas na área isolada próxima ao bairro Tessele Junior. A ação coordenada pelas equipes da Delegacia de Lucas do Rio Verde e da Politec-MT teve apoio do Corpo de Bombeiros e da Guarda Municipal, e as escavações devem continuar com o auxílio de um cão farejador.

 

A maior parte dos corpos encontrados já estava em avançado estado de esquelitização, mas uma vítima em processo de putrefação recente sugere um homicídio ocorrido há pouco tempo. Segundo relatos de familiares de desaparecidos, jovens foram brutalmente retirados de suas famílias, julgados em áreas de mata e executados, possivelmente como retaliação ou para enviar mensagens aos chefes do crime organizado. Um dos desaparecidos teria sido morto com golpes de enxada no rosto, e o ato foi registrado em vídeo.

 

Facções dominam território de Mato Grosso

 

Dados recentes destacam a dimensão do desafio enfrentado pelas forças de segurança pública no combate ao crime organizado em Mato Grosso. Estima-se que existam cerca de 40 mil indivíduos associados a facções criminosas no estado, enquanto o efetivo das forças de segurança pública, incluindo Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Penal, soma cerca de 14 mil agentes. Apenas a Polícia Militar conta com cerca de 7 mil profissionais na ativa, evidenciando a disparidade numérica entre os criminosos e os agentes de segurança.

 

O desequilíbrio é ainda mais preocupante quando somado aos métodos brutais das facções, que frequentemente utilizam de execuções violentas como forma de impor o medo e garantir domínio territorial. A descoberta deste cemitério clandestino reforça o impacto devastador do crime organizado, não apenas em vidas humanas, mas também no sentimento de segurança da população local.

 

Avanço das investigações

 

Os trabalhos periciais prosseguem com a análise das ossadas, que serão submetidas a exames para identificação das vítimas. Enquanto isso, as autoridades esperam que novas diligências no local revelem mais evidências que possam ajudar a esclarecer a identidade dos envolvidos e as circunstâncias dos crimes.

 

A Delegacia de Lucas do Rio Verde continua contando com o apoio da comunidade para o avanço das investigações, e denúncias podem ser feitas anonimamente pelo disque-denúncia 197. A descoberta deste cemitério clandestino expõe não apenas a crueldade das facções criminosas, mas também a urgência de políticas públicas mais eficazes para combater o avanço do crime organizado em Mato Grosso.

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