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570 fornecedores não vão receber do Governo de Mato Grosso

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  Credores de vários segmentos da economia do Estado, estão na bronca com o Governo de Mato Grosso que, por determinação do Governador, Mauro Mendes, formalizou um calote da ordem de 20 milhões de reais à mais de 550 Empresas. O governo de Mato Grosso formalizou um calote de R$ 20 milhões à 570 empresas que possuem créditos a receber do Estado. Por meio de decreto publicado no último dia 20  e assinado pelo Chefe do Executivo, todas as dívidas que datam de 2013 e de anos anteriores foram canceladas. Empresas ameaçam recorrer à Justiça.
    Na relação de credores de Mato Grosso, estão bancos, universidades públicas, instituições filantrópicas que foram conveniadas e outros órgãos públicos. Segundo a Secretaria Estadual de Fazenda, o cancelamento de restos a pagar que vencem após cinco anos é previsto em lei
    A partir do último dia 20, os credores terão 30 dias para comprovar, se for o caso, a suspensão ou a interrupção do prazo de prescrição para que a dívida possa ser cobrada normalmente. A secretária adjunta de Contadoria, Anésia Cristina Batista, explica que esta desincorporação é também resultado de processos que se perderam ou que não foram encontrados.
    Apesar disso, segundo a Secretária Adjunta, Anésia Cristina, não há garantia de que o cancelamento da prescrição seja suficiente para que estes credores recebam os valores imediatamente. Nestes casos, os pagamentos serão feitos conforme a disponibilidade de caixa do estado.
     Na lista dos que vão ficar sem receber está a Gendoc Sistemas e Empreendimentos Ltda., empresa que tinha um débito de mais de R$ 7 milhões com o governo.
    Na lista das Empresas que não vão receber do Governo, está incluída a  Gedoc que foi citada na delação do ex-governador Silval Barbosa e também é citada nos autos resultantes da Operação Bereré, deflagrada para investigar desvios de R$ 30 milhões no Departamento de Trânsito do Estado de Mato Grosso (Detran-MT). O sócio da Gedoc, Luciano Scarpin, supostamente, estaria envolvido em transferências da ordem R$ 800 mil, dinheiro proveniente de propina, segundo o Ministério Público Estadual (MPE).
    A Gedoc também é investigada na Operação Malebolge por ter, segundo a Polícia Federal, pago propina a cinco conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) para manter contratos com o órgão. Um relatório da PF apontou que há suspeitas de que a empresa seja fantasma, por não possuir nem sede nem funcionários.
    O segundo maior credor do estado, conforme a relação disponível, é o Bando Bradesco, que possui créditos no valor de R$ 2,2 milhões. Uma nova publicação deve circular no Diário Oficial do Estado para notificar todos os credores que estão na lista, sobretudo porque há também pessoas físicas incluídas no montante total da dívida cancelada.

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