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A complexa trama da Inteligência Artificial: Regulamentação, Desafios Éticos e Avanços Tecnológicos

Foto: G1

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O tecido da inteligência artificial (IA) em 2024 é intricado e multifacetado, abrangendo debates cruciais sobre regulamentação, desafios éticos e avanços tecnológicos. Neste cenário, a sociedade está imersa em discussões que transcendem os campos tecnológicos, impactando a vida de toda a sociedade, mas mudando toda a visão de mundo e o trabalho desenvolvido por estudantes, pesquisadores, artistas, professores e diversos outros setores. Este artigo busca traçar uma visão abrangente desse ecossistema complexo.

A inteligência artificial (IA) está moldando o mundo de maneiras extraordinárias, e as projeções para seu crescimento futuro são impressionantes. As estimativas sugerem que o mercado global de inteligência artificial poderá aumentar dez vezes, passando de US$ 30 bilhões em 2020 para uma cifra impressionante de US$ 300 bilhões até 2026.

Desde assistentes pessoais como a Siri até as ferramentas que sugerem filmes na Netflix com base no perfil do usuário, a IA está se infiltrando cada vez mais no cotidiano das pessoas, simplificando tarefas e proporcionando experiências personalizadas. No entanto, um dos pontos mais notáveis ​​é a rápida adoção de tecnologias de IA em um curto período de tempo, exemplificada pelo fenômeno do ChatGPT da OpenAI.

O ChatGPT, lançado no final de 2022, conquistou uma atenção global impressionante. Estima-se que, em apenas dois meses, tenha alcançado a marca de 100 milhões de usuários. Para efeito de comparação, é interessante observar que a Netflix levou uma década para atingir essa mesma marca, enquanto o Google Tradutor levou seis anos e meio, o Instagram apenas dois anos e meio e o TikTok cerca de nove meses.

Impactos na Vida das Pessoas: Estudantes, Pesquisadores, Artistas, Professores

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A complexidade da trama da inteligência artificial atinge diretamente a vida cotidiana de diversos segmentos da sociedade, oferecendo benefícios e desafios simultaneamente. Estudantes se beneficiam de inovações em educação, como assistentes virtuais e plataformas de aprendizado personalizado, proporcionando acesso a recursos educacionais avançados. No entanto, há o risco de os estudantes se tornarem dependentes dessas ferramentas, podendo desenvolver preguiça de produzir seus próprios textos ou burlar tarefas, o que poderia inibir o desenvolvimento de habilidades essenciais, como pensamento crítico e criatividade.

Pesquisadores encontram novas ferramentas impulsionadas pela inteligência artificial, acelerando o processo de análise e interpretação de dados. Isso pode levar a descobertas mais rápidas e eficientes, contribuindo para avanços significativos em diversas áreas. No entanto, o desafio ético surge quando se considera a possibilidade de vieses algorítmicos e falta de transparência nos modelos de IA, o que pode comprometer a validade e a imparcialidade das pesquisas.

Artistas exploram fronteiras criativas com o auxílio de ferramentas de IA, proporcionando novas formas de expressão artística e colaboração. No entanto, há a preocupação de que o uso excessivo de algoritmos para gerar obras de arte possa resultar na perda da autenticidade e singularidade do trabalho artístico humano, levantando questões sobre a originalidade e a identidade cultural.

Tarsila do Amaral. Reprodução.

Recentemente, a polêmica reacendeu quando empresas de tecnologia suíças decidem utilizar inteligência artificial para criar modelos de finalização de obras de arte de ícones do movimento modernista brasileiro, como Tarsila do Amaral.

O uso da inteligência artificial na produção de modelos de finalização para obras inacabadas de Tarsila do Amaral desperta questões éticas e artísticas. A iniciativa da empresa suíça desafia não apenas os limites tecnológicos, mas também a própria essência da arte. A polêmica reside na dificuldade ética de replicar o estilo, a alma e a autenticidade de uma renomada artista por meio de algoritmos, levantando dúvidas sobre a validade artística e a preservação da identidade cultural.

Enquanto alguns veem essa abordagem como uma maneira ousada de reviver e reinterpretar obras inacabadas, outros questionam até que ponto a máquina pode compreender a essência única de um artista e replicá-la de forma autêntica. A variedade de cores e a forma como Tarsila do Amaral abordava a paisagem são elementos distintos e desafiadores de serem reproduzidos fielmente por uma inteligência artificial, tornando o processo ético e artístico extremamente complexo.

Foto: G1

Essa polêmica destaca a dificuldade em equilibrar inovação e responsabilidade ética na utilização da inteligência artificial na produção artística. A busca por revigorar obras de arte inacabadas por meio da IA levanta questões sobre os limites da tecnologia na preservação da autenticidade e da singularidade artística, alimentando um debate crucial sobre o papel da inteligência artificial no mundo das artes.

Professores adaptam métodos de ensino com a integração de tecnologias baseadas em IA, personalizando o aprendizado para atender às necessidades individuais dos alunos. No entanto, a dependência excessiva de tecnologias de IA na educação pode levar a uma diminuição do envolvimento dos alunos, preguiça de pensar criticamente e uma possível desvalorização do papel do educador como facilitador do processo de aprendizagem.

A Inteligência Artificial (IA) vem transformando a maneira como as empresas e a sociedade como um todo operam. No setor educacional, a IA tem sido cada vez mais utilizada para ajudar os estudantes a melhorar suas habilidades de aprendizado e testar seus conhecimentos. No entanto, essa tecnologia também exige que os professores revisem suas metodologias de ensino para garantir que seus alunos estejam recebendo uma educação de qualidade e que seus conhecimentos sejam adequadamente testados.

Imagem: Freepik

O ChatGPT é uma dessas ferramentas que ainda está em desenvolvimento e seus recursos ainda são limitados, porém a tecnologia de inteligência artificial tem o potencial de transformar a maneira como a educação é entregue e consumida. Isso pode ser particularmente verdadeiro em relação a tarefas mais simples, como a revisão gramatical ou o suporte em matemática básica, onde as máquinas podem ser especialmente eficazes em fornecer feedback e orientações personalizadas.

As empresas de educação estão particularmente preocupadas com o aumento do uso de tecnologias de inteligência artificial no setor, pois nesta semana, empresas de educação, negociadas nas bolsas de valores de Londres e Nova York, viram centenas de milhões de dólares serem eliminados de suas avaliações após a empresa dos EUA, Chegg, que trabalha com ajuda online a estudantes para trabalhos de redação e matemática, afirmar que o ChatGPT estava afetando o crescimento da sua clientela.

A Chegg afirmou que muitos alunos estão usando o chatbot da OpenAI e retirou sua previsão de lucros para o resto do ano, alertando que as receitas já haviam sido atingidas. As ondulações foram sentidas em Londres, onde ações da gigante da educação Pearson fecharam em queda de 15%.

Assim, enquanto a inteligência artificial oferece avanços significativos em diversas esferas da sociedade, é imperativo abordar os desafios éticos e regulatórios para garantir um uso responsável e equitativo dessas tecnologias.

Regulamentação da Inteligência Artificial: Um Passo Fundamental

O Brasil avança no estabelecimento de um marco regulatório para a inteligência artificial com o Projeto de Lei 2.338/2023, liderado pelo senador Rodrigo Pacheco. Este projeto, atualmente na Comissão Temporária sobre Inteligência Artificial, representa um esforço concertado para balancear os impactos adversos e benéficos da IA. As audiências públicas conduzidas pela comissão em 2023 exploraram diversos setores, desde eleições até a disseminação de informações, evidenciando a necessidade de regras claras diante dos desafios éticos.

Especialistas ressaltam a importância de estabelecer diretrizes claras e objetivas que possam abordar de forma adequada os desafios trazidos pela inteligência artificial, porém há uma preocupação de que essas diretrizes limitem avanços e cerceiem liberdades.

Para discutir esse assunto, entrevistamos Gabriel Lucas Scardini Barros, advogado especialista em Direito Legislativo e autor da newsletter Quinze por Dia, onde publicou o artigo “Uma nova invasão alienígena: todo dia; Como regulamentar e viver com a nova realidade de inteligência artificial?”.

Com vasta experiência no campo jurídico e como Consultor Legislativo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Gabriel traz à tona reflexões fundamentais sobre a convivência com a nova realidade trazida pela inteligência artificial, e destaca que a computação de dados e o surgimento das Inteligências Artificiais têm transformado significativamente nossa sociedade. Embora essas tecnologias tragam consigo possibilidades incríveis, também podem amplificar questões problemáticas quando mal utilizadas.

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Ao abordar os desafios enfrentados na elaboração de uma legislação sobre inteligência artificial, o especialista destaca não apenas a questão geográfica, uma vez que os computadores que abrigam as IA estão localizados em diversos países, mas também a necessidade de diretrizes flexíveis e atualizadas que possam ser aplicadas tanto no presente quanto nas futuras evoluções da IA.

Ele explana durante a entrevista sobre as particularidades do PL n° 2338/2023, que busca regulamentar o uso da Inteligência Artificial, conciliando proteção de direitos, inovação e segurança e que ainda tramita no Senado. Leia a entrevista completa aqui.

O projeto estabelece direitos para proteger as pessoas afetadas pela IA, garantindo acesso à informação, contestação de decisões automatizadas e prevenção da discriminação. Além disso, prevê instrumentos de governança e fiscalização para assegurar conformidade e segurança jurídica.

Os riscos da IA são categorizados, com avaliação preliminar e restrições para sistemas de alto risco. O projeto também define regras de responsabilização civil, diferenciando a responsabilidade para sistemas de alto e baixo risco, promovendo a proteção contra discriminação e fomentando a inovação.

No que se refere a riscos excessivos, o projeto veda o uso de técnicas subliminares para induzir comportamentos prejudiciais à saúde, exploração de vulnerabilidades de grupos específicos e a classificação injusta ou desproporcional de pessoas com base em seu comportamento social ou atributos pessoais para acesso a bens, serviços e políticas públicas.

“Coisas maravilhosas podem acontecer, mas também questões problemáticas podem ser amplificadas pelo uso disfuncional desses instrumentos”, afirma Barros.

Quando questionado sobre a importância da regulamentação diante dos avanços tecnológicos atuais, Gabriel enfatiza: “A importância é enorme. O poder da computação de dados é uma realidade na nossa vida há vários anos, o aparecimento das Inteligências Artificiais que geram textos e imagens em poucos momentos coloca um ponto de inflexão à sociedade. Coisas maravilhosas podem acontecer, mas também questões problemáticas podem ser amplificadas pelo uso disfuncional desses instrumentos.”

No âmbito da elaboração legislativa, ele destaca os principais desafios enfrentados ao criar uma legislação adequada para abordar a inteligência artificial: “Primeiramente, há um desafio geográfico de que os computadores onde essas inteligências artificiais estão instaladas ficam em outros países”.

Ele afirma que o maior desafio legislativo de uma proposta como essa é possuir diretrizes claras e objetivas, que possam ser aplicadas para a atualidade e também para as próximas evoluções da Inteligência Artificial.

“Construir direitos de proteção para pessoas como qualquer um de nós, que já lida com a inteligência artificial todos os dias, muitas vezes até mesmo sem nos darmos conta de que se trata de uma interação com uma inteligência artificial. A proposta cita exemplos, como a recomendação de conteúdo e direcionamento de publicidade na Internet ou a sua análise de elegibilidade para tomada de crédito e para determinadas políticas públicas”, afirmou Barros.

“O segundo aspecto é a criação de instrumentos para termos algum tipo de controle e até de proteção aos problemas que a IA pode causar, sem perder o horizonte de possibilidade de inovação tecnológica que podem ser proporcionadas pelas novas tecnologias”, complementa o advogado.

Questionado sobre as iniciativas internacionais de regulamentação da IA, como os princípios da OECD e a Lei de IA da União Europeia, Gabriel avalia essas abordagens em relação ao PL n° 2338/2023: “Existem duas grandes linhas de atuação das propostas regulatórias, uma com regras mais frouxas que tem o objetivo de estimular o desenvolvimento tecnológico, e outra mais restritiva, da União Europeia, que procura mitigar os riscos do abuso das ferramentas de inteligência artificial. Mesmo existindo uma clara influência na regulamentação da UE, o projeto que tramita no Senado Federal busca um equilíbrio entre essas questões.”

Os principais riscos associados ao uso da inteligência artificial que o projeto de lei busca abordar são destacados pelo advogado: “Muita gente boa tem falado sobre até risco de extinção da humanidade. Porém, penso que os riscos mais imediatos são muito mais prosaicos e próximos. O projeto classifica os riscos, e os maiores são inteligências artificiais que empreguem técnicas que possam induzir a pessoa a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança, que explorem as vulnerabilidades dessas pessoas, ou que utilizem a inteligência artificial para classificar os cidadãos com base no seu comportamento social ou em atributos da sua personalidade.”

Gabriel Lucas Scardini Barros. Advogado especialista em Direito Legislativo e autor da newsletter Quinze por Dia. Consultor Legislativo na Assembleia Legislativa de Mato Grosso

Quando abordado sobre a forma como o projeto de lei propõe lidar com questões como discriminação e proteção contra o uso indevido de técnicas subliminares ou exploração de vulnerabilidades, Gabriel afirma: “Basicamente, essas situações estão proibidas.”

A cooperação internacional surge como um aspecto crucial para o estabelecimento de normas e regulamentações adequadas para a inteligência artificial, de acordo com a opinião de Gabriel, mas também se impõe como um grande desafio.

No que diz respeito aos possíveis impactos econômicos e sociais da regulamentação da inteligência artificial no Brasil, Gabriel destaca que “uma boa regulação é sempre o caminho para o país poder maximizar favoravelmente o impacto de novas tecnologias.”

Quando questionado sobre como garantir que a legislação sobre inteligência artificial permaneça atualizada e adequada às mudanças futuras, Gabriel enfatiza: “A legislação tem que ser ampla e abstrata para ter esse alcance e aplicabilidade no tempo. O legislador não pensou em um instrumento específico. Não seria interessante aprovar uma lei para dispor sobre o ChatGPT, por exemplo, e logo depois ser criada outra plataforma totalmente diferente, tirando toda a aplicabilidade de tal norma.”

Desafios Éticos e a Necessidade de Regulação Inteligente

O senador Eduardo Gomes, relator do projeto, destaca a importância de uma regulação inteligente que contemple os efeitos adversos sem sufocar os benefícios da IA. Os debates na Comissão Temporária sobre Inteligência Artificial revelam preocupações com a opacidade, imprevisibilidade e incontrolabilidade de algoritmos, além da discriminação racial em programas sociais. O desafio consiste em encontrar um equilíbrio que promova a inovação sem comprometer a ética e os direitos fundamentais.

Giovani Holanda. Divulgação.

A Inteligência Artificial (IA) tem se tornado uma parte cada vez mais presente e influente em nossas vidas. No entanto, compreender os complexos conceitos por trás dessa tecnologia e os impactos que ela traz pode ser um desafio.

Recentemente,  os pesquisadores Giovani Moura de Holanda, da FITec – Fundação para Inovações Tecnológicas, e Cláudia R. C. Pfeiffer, do Laboratório de Estudos Urbanos – Labeurb – da Unicamp, lançaram um livro inovador que busca tornar a IA acessível a um público amplo pela Editora Pontes.

Em “Sentimento da Inteligência Artificial: novas tecnologias, antigos conceitos”, Holanda e sua equipe de pesquisadores exploram os aspectos fundamentais da IA e suas implicações na sociedade de uma maneira acessível e envolvente. A obra não apenas desmistifica conceitos complexos, mas também convida os leitores a refletirem sobre o futuro dessa tecnologia que está moldando nosso mundo.

Em uma entrevista exclusiva ao portal Momento MT, Giovani Holanda compartilhou sua motivação por trás do livro e os principais temas abordados. Ele enfatizou a importância de tornar a IA compreensível para um público amplo, destacando que as mudanças que essa tecnologia está trazendo afetam a todos, independentemente de sua formação ou experiência técnica.

“Nas atividades de pesquisa que temos na FITec (Fundação para Inovações Tecnológicas) e na trilha de pesquisas sobre “Inteligência Artificial & Ética” do BI0S (Brazilian Institute of Data Science), já vínhamos estudando métodos e abordagens para interpretar o funcionamento dos algoritmos complexos, que levam as máquinas inteligentes a tomarem decisões que podem impactar a vida das pessoas. Esse assunto requer o conhecimento de conceitos que precisam ser melhor assimilados, tanto por quem projeta as tecnologias como por quem as usa. Assim, a narrativa do livro tinha que ser acessível a um maior número de pessoas”, afirmou o pesquisador.

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Mudanças no campo: Entenda a diferença entre Inteligência Ativa e Inteligência Artificial no Agronegócio

A agricultura moderna tem sido cada vez mais impulsionada por tecnologias avançadas que ajudam os agricultores a produzir mais, com menos recursos e de forma mais sustentável. Nos últimos anos, a tecnologia de Inteligência Artificial (IA) vem se destacando como uma das ferramentas mais promissoras para aprimorar a produtividade e a eficiência do setor agrícola.

A tecnologia de IA pode ser aplicada em diversas áreas da agricultura, desde o planejamento da safra até o gerenciamento da colheita. Uma das principais aplicações da IA é na análise de dados e na tomada de decisões. Com a ajuda de sensores, drones e outras tecnologias, os agricultores podem coletar uma grande quantidade de dados sobre suas plantações e, em seguida, utilizar ferramentas de IA para analisar esses dados e tomar decisões informadas sobre irrigação, fertilização, aplicação de defensivos agrícolas e outras atividades agrícolas.

A revolução no agronegócio é dinâmica, e o uso de robôs agrícolas otimiza a produção e ajuda a reduzir o uso dos insumos. Já não se pensa mais no campo como sinônimo de simplicidade, pois cada vez mais com processos automatizados e conectado aos mais modernos sistemas, o agronegócio está munido de softwares e tecnologias que coletam e analisam dados em todas as etapas da produção.

 

Tecnologia de Inteligência Artificial revoluciona a agricultura moderna e já é bastante difundida em MT

 

O agricultor corre contra o tempo para compensar aumento de custos e mudanças no clima, adotando a Inteligência Ativa, extraindo ainda mais valor dos dados coletados por todas as soluções de IoT.

Em seu instagram, Petri posa ao lado da máquina agrícola da John Deere.

Segundo Roberto Petri, gerente da Agro Baggio, em entrevista exclusiva ao portal Momento MT, o investimento na inteligência ativa já é bem difundido em Mato Grosso, e é somente o início deste processo, “este é um grande salto que estamos dando nesse momento, lógico que estamos no início, da automação total. Os robôs vão controlar os equipamentos, que vão dar a eles uma autonomia total e que vai gerar um ganho de eficiência gigantesco”, explica Petri.

Para o gerente da Agro Baggio a automação das máquinas através de robôs é um grande passo, e com o uso de sensores e inteligência artificial a máquina ganha autonomia, seja em operações simples como em sua autonomia total, “já temos equipamentos 100% autônomos, a própria John Deere já tem tratores trabalhando nos Estados Unidos que não precisam da presença humana”, comenta.

Com a automação no campo, a eficiência irá crescer e o uso de insumos será mais controlado, “o robô consegue fazer milhões de cálculos ao mesmo tempo e trabalhar incansavelmente, ela vai poder trabalhar 24 horas por dia, sem parar, sem cansar, e com a máxima eficiência possível, ela vai poder fazer milhares de cálculos de variabilidades e de possibilidade e ser dessa forma muito mais eficiente que o ser humano”, afirma.

Em Mato Grosso, algumas máquinas já estão sendo testadas neste sentido, como a autorregulação de uma colheitadeira de grãos, por exemplo, que pode construir uma autorregulagem melhor para ter mais desempenho  na uma limpeza dos grãos, possibilitando uma colheita com uma qualidade melhor, ou um pulverizador com a capacidade de aplicar somente onde está a planta daninha e não aplicar em cima da cultura, sendo 100% assertivo. “Isso vai tornar a produção muito eficiente, econômica e ambientalmente melhor também, porque o uso eficiente dos defensivos de uma forma direcionada vai fazer com que se gaste muito menos e seja mais ambientalmente correto, os robôs vão fazer com que sejamos mais eficientes, rentáveis e mais sustentáveis”, celebra Petri.

Roberto Petri é formado em Engenharia Agronômica, pós-graduado em Gestão Empresarial com 18 anos de experiência em Gestão Comercial de Distribuição de Insumos e Concessionária de Máquinas Agrícolas do MT. Foto: Arquivo Pessoal

O Índice Agrotech, que mede o nível de automação do agronegócio brasileiro da Associação Brasileira de Automação (GS1 Brasil), aponta um aumento de 12,5% entre 2019 e 2021.

Segundo o jornalista Marcos Roberto Pinotti, da kron digital, “analistas estimam que o tamanho do mercado global de robôs agrícolas cresça irá crescer de US$ 4,9 bilhões em 2021 para US$ 11,9 bilhões até 2026, a uma taxa composta de crescimento anual (CAGR) de 19,3%. De acordo com um relatório de pesquisa de mercado publicado pela Meticulous Research, espera-se que o mercado agrícola global de IoT cresça a um CAGR de 15,2% de 2019 a 2027, atingindo um valor de US$ 32,7 bilhões até 2027”, publicou no portal de agronegócio ‘www.comprerural.com.br’.

A Inteligência Ativa baseia-se em dados coletados e compartilhados em tempo real maneira otimizada o que possibilita mais agilidade para a tomada de decisões. Outros avanços que podemos citar para a área do agronegócio seriam o Machine Learning, Big Data, Analytics e IoT, que são competências necessárias para aproveitar os ativos de dados gerados nos campos.

“Uma tecnologia importantíssima que eu poderia citar foi a introdução dos pilotos automáticos, que mudaram muito a interação com as máquinas agrícolas, haja vista que através dos serviços de georreferenciamento (GPS) você começou a entender melhor o trabalho dessas máquinas, ter o direcionamento automático e melhora muito a eficiência desses equipamentos”, afirma o gerente da Agro Baggio.

Para Roberto Petri, um grande ponto que vai impulsionar e vai fazer com que isso fique grande rápido é a falta de mão de obra qualidade no campo, “máquinas que reduzam a possibilidade de erro humano ou em muitas vezes a atuação ativa do operador, e este é o grande ponto, a falta de mão de obra vai fazer com que essa adoção seja rápida e que o pessoal faça o investimento, porque de certa forma ainda tem um custo alto nesse momento, mas a partir do momento em que ela se prova eficiente e reduz o erro humano, vai ser rápido”, conclui.

A Revolução dos Chips de Inteligência Artificial: Inovação e Desafios Competitivos

A corrida tecnológica entre empresas como AMD, Intel e Nvidia para desenvolver chips de IA especializados marca uma revolução no cenário tecnológico. Esses chips, fundamentais para sistemas de IA, prometem elevar a capacidade computacional a níveis inexplorados. As apostas nas inovações em chips não apenas transformam a tecnologia, mas também têm implicações diretas na competitividade dessas gigantes tecnológicas.

Neuralink: Desvendando os Limites da Interação Cérebro-Computador

A Neuralink, sob a liderança de Elon Musk, avança na exploração da interação cérebro-computador com o primeiro implante de chip em um cérebro humano. O chip, chamado de Telepathy, visa processar ondas cerebrais para permitir o controle de dispositivos eletrônicos por meio do pensamento. Este avanço não apenas desafia os limites tecnológicos, mas também levanta questões éticas e práticas em torno da integração entre humanos e tecnologia.

A tapeçaria da inteligência artificial em 2024 reflete uma trama complexa, entrelaçando regulamentação, desafios éticos e avanços tecnológicos. A busca por um equilíbrio entre inovação e responsabilidade é essencial para guiar o desenvolvimento ético da IA. Enquanto os chips especializados prometem revolucionar a capacidade computacional, os implantes cerebrais da Neuralink desafiam os limites da interação entre humanos e tecnologia.

A corrida tecnológica entre empresas como AMD, Intel e Nvidia para desenvolver chips de IA especializados marca uma revolução no cenário tecnológico, transformando não apenas a tecnologia, mas também influenciando diretamente a competitividade dessas gigantes tecnológicas.

Ao mesmo tempo, a Neuralink, sob a liderança de Elon Musk, avança na exploração da interação cérebro-computador com o primeiro implante de chip em um cérebro humano. O chip, chamado de Telepathy, visa processar ondas cerebrais para permitir o controle de dispositivos eletrônicos por meio do pensamento. Este avanço não apenas desafia os limites tecnológicos, mas também levanta questões éticas e práticas em torno da integração entre humanos e tecnologia.

Em meio a essa complexidade, a sociedade enfrenta a necessidade de compreender e moldar o futuro da inteligência artificial, considerando não apenas os benefícios inovadores, mas também os desafios éticos e as implicações competitivas na vanguarda da evolução tecnológica.

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